Região metropolitana de Belo Horizonte concentra mais de 33% dos diagnósticos de HIV

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Desde 2007, o serviço de saúde de Minas Gerais diagnosticou mais de 49 mil casos de HIV. Em 2019, apenas entre os meses de janeiro e novembro, foram 3.600 casos. A região metropolitana de Belo Horizonte teve o maior número de diagnósticos, com 1.300. Na capital do estado, foram 714. Em Minas Gerais, a IST mais comum é a sífilis. 

Foram registrados 9.600 casos de sífilis adquirida até setembro do ano passado. Para diminuir os índices de infecção, em 2018, o governo de Minas Gerais distribuiu 34 milhões de preservativos que ficaram disponíveis gratuitamente em postos e centros de saúde. 

Somente no final de 2019, foram oito milhões. As ISTs são Infecções Sexualmente Transmissíveis. São transmitidas principalmente por meio de relações sexuais sem uso do preservativo. A coordenadora de IST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, Mayara Almeida, explica como se dá a prevenção e o tratamento dessas doenças.

“O meio de transmissão é o mesmo das ISTs, através de relações sexuais. Preservativo continua sendo o método mais efetivo. É um método barato, disponível pelo SUS para prevenção de qualquer IST. Sempre que teve alguma relação que pode ter tido exposição ao HIV, é importante realizar esse teste e descobrir esse diagnóstico. A gente sabe que o tratamento, quanto mais precoce for iniciado, melhor, porque a pessoa não vai estar com Aids propriamente dita, ela vai estar com o vírus circulante no corpo, mas não vai estar com a doença da Aids. A gente tem pessoas que vivem com HIV e não desenvolveram a doença.”
 
O auxiliar administrativo Manu Braz, de 25 anos, foi diagnosticado com HIV. Ele passou a ser tratado junto ao Sistema Único de Saúde e, apesar das limitações, tenta viver uma vida normal. Ele alerta para a importância de falar sobre a prevenção de ISTs.

“Eu estava em um dos meus exames de rotina. Fui até um centro de testagem fazer um teste de rotina. E, chegando lá, meu teste para HIV deu positivo. De imediato, iniciei o tratamento seguindo protocolo do SUS. E já tem um ano, tanto de diagnóstico quanto de tratamento. Eu acho que enquanto nós não falarmos sobre Aids, HIV e outras ISTs, elas continuarão sendo um tabu. As últimas pesquisas estão aí para mostrar que o número de pessoas que receberam o diagnóstico de HIV está só subindo, de sífilis também está lá em cima. Enquanto a gente se calar sobre esse tema, continuará sendo um tabu e nós não poderemos enfrentar essas epidemias”.
 
Sem camisinha, você assume o risco. Use camisinha e proteja-se de ISTs como HIV, sífilis e Hepatites. Para mais informações, acesse saude.gov.br/ist.

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