O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Serrana, na região Central do estado, realizou nesta segunda-feira, 27 de janeiro de 2020, duas operações com mandados de prisão e de busca e apreensão, que foram cumpridos nos municípios de Nova Serrana, Divinópolis, Martinho Campos, Varginha, Belo Horizonte, Contagem, Caetanópolis, Teófilo Otoni e Abaeté. Alguns dos mandados foram cumpridos também no estado do Rio de Janeiro.
Os alvos são integrantes de uma quadrilha que, segundo apurado, causava prejuízos ao setor calçadista de Nova Serrana e atuava também com o tráfico de drogas na região.
Foram cumpridos 36 mandados de prisão e 63, de busca e apreensão. Quarenta e três pessoas foram presas, sendo 7 delas em flagrante. Foi apreendida uma arma de fogo, munições, maconha, cocaína, ecstasy, cerca de R$ 59 mil em cheques e dinheiro em espécie, três motocicletas, um carro, 30 celulares, quatro balanças de precisão, dois notebooks, entre outros materiais.
As fases ostensivas das operações Covil de Ladrões e Hidra têm como alvo a mesma quadrilha. Segundo o MPMG, a organização criminosa praticava furtos e roubos a mão armada a depósitos, fábricas e transportadoras de calçados de Nova Serrana. Além disso, conforme as investigações, aplicava golpes em comerciantes, fabricantes e fornecedores de matéria prima para os calçadistas da região. Outra parte da quadrilha atuava com foco no tráfico de drogas, realizando o comércio de entorpecentes na modalidade “disque-droga”.
Investigações
Após a primeira fase da Operação Covil de Ladrões, desencadeada em dezembro de 2018, alguns dos denunciados procuraram a 3ª Promotoria de Justiça de Nova Serrana manifestando interesse em colaborar com a Justiça. A partir das colaborações premiadas, judicialmente homologadas, o MPMG, com o apoio das Polícias Militar e Civil, aprofundou as investigações sobre outros elementos vinculados à organização criminosa.
Durante os trabalhos, ficou evidente a atuação de um outro grupo com foco no tráfico de drogas. Desde então, foram identificados quase 60 integrantes da quadrilha.
Dessa forma, de acordo com o MPMG, em setembro de 2019, acabou sendo também estabelecida a Operação Hidra em referência ao monstro da mitologia grega com corpo de dragão e várias cabeças de serpente – visto ter sido observada a existência de vários “cabeças”, pequenas lideranças do crime. Neste período, foram identificadas pelo menos 23 pessoas envolvidas na “associação criminosa”.
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