Uso de tecnologias digitais promete facilitar a vida de produtores e extensionistas rurais em Minas Gerais

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O desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) tem proporcionado mudanças rápidas na sociedade. É preciso ter atenção para não ficar desatualizado ou desconectado, não apenas nas cidades, mas também no campo. Aos poucos, a Agricultura 4.0, ou digital, tem ocupado espaço na agropecuária. Com isso, a expectativa é que técnicos e produtores estejam mais preparados para trabalhar de forma sustentável para um mercado exigente.

O presidente da Associação Brasileira das Entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Nivaldo Moreno de Magalhães, explica que a Agricultura 4.0 modifica e automatiza muitas etapas do agronegócio, trazendo maior produtividade, redução de custos e agilidade nos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).  

Apesar dos benefícios com os avanços tecnológicos no campo, o presidente da Asbraer ressalta os desafios para as empresas públicas de Ater se adequarem a essa nova realidade. Entre eles está o acesso à internet para o pequeno agricultor. “O acesso à internet até tem crescido nas zonas rurais, mas não no mesmo ritmo e com a mesma qualidade dos grandes centros. Logo, investimento em infraestrutura pode significar um marco da Agricultura 4.0 no nosso país”, observa.

Foto: Alexandre Soares / Divulgação / Emater-MG

Emater 4.0

Buscando atender à demanda de uma sociedade cada vez mais conectada, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é uma das pioneiras ao implantar o seu programa Agricultura 4.0. “Temos o grande desafio de fazer com que a vanguarda digital chegue à agricultura familiar, elevando sua produtividade. A inovação, cada vez mais é um insumo indispensável no campo”, afirma o gerente da Assessoria em Gestão de Tecnologia da Informação, Marcos Lopes.

O diretor-presidente da Emater-MG, Gustavo Laterza, ressalta que a empresa e o serviço de Ater precisam se reinventar e se adaptar às mudanças para prestar um atendimento diferenciado. “Essas plataformas digitais serão ferramentas para ofertar ações tecnológicas, que possam melhorar o trabalho no campo. Mais do que isso, queremos despertar técnicos e produtores para este novo caminho e levar melhor atendimento à área rural, além de conhecimento, oportunidades e soluções”, diz Laterza.

O termo Agricultura 4.0 é uma referência à Indústria 4.0, que teve início com a completa automatização dos processos produtivos por meio de tecnologias digitais, iniciada nas fábricas automobilísticas alemãs. “A Agricultura 4.0 se baseia em conteúdo digital por meio do processamento e da análise do grande volume de dados que vêm sendo produzidos em todas as áreas que contribuem com o desenvolvimento agrícola, como biotecnologia, mudanças climáticas, geotecnologias e ciências agrárias. Esses conhecimentos serão aplicados em todos os elos da cadeia produtiva”, explica a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária, Sílvia Massruhá.

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