Ararinha-azul vai voltar para o Brasil

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A partir de fevereiro de 2020,  as primeiras 50 ararinhas-azuis vão começar a jornada da Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), na Alemanha, para o Brasil, o habitat natural delas. No primeiro momento elas permanecerão no centro de reprodução em Curaçá (BA), antes que o primeiro grupo seja reintroduzido na natureza.

Todo o processo acontece graças a uma parceria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com a ONG alemã. A ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) pertence à caatinga e entrou em extinção em outubro de 2000, por ser alvo de caçadores e traficantes de animais.

De acordo com o ICMBio, existem hoje pelo mundo 163 exemplares da ave, dessas 13 estão no Brasil. Todos os espécimes vivem fora de seu habitat natural, ou seja, em cativeiro.

O processo

Segundo a analista ambiental, Camile Lugarini, do ICMBio, a reintrodução na natureza será um processo cauteloso. As primeiras solturas serão feitas em conjunto com maracanãs (Primolius maracana), uma outra espécie de arara, com hábitos semelhantes aos da ararinha-azul – ambas utilizam ocos de caraibeira (ipê-amarelo) para fazer seus ninhos, entre outras similiridades. 

A soltura, ainda segundo ela, está prevista no Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha Azul (PAN Ararinha-Azul), coordenado pelo ICMBio e publicado em 2012. As ações do plano tem o objetivo de aumentar a população manejada em cativeiro e recuperar o habitat de ocorrência histórica da espécie, visando à sua reintrodução à natureza.

Atualmente, existem no mundo apenas 163 ararinhas-azuis vivendo em cativeiro, sendo 13 delas no Brasil – Foto: Camile Lugarini / Divulgação

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