Belo Horizonte e Fortaleza entram para a Rede de Cidades Criativas da Unesco

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Belo Horizonte  e Fortaleza  entraram para a Rede de Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As capitais de Minas Gerais e do Ceará foram reconhecidas por causa da culinária e do design, respectivamente, e vão ter oportunidade de participar de projetos que fomentem a indústria criativa local de forma sustentável e inclusiva. O anúncio foi feito na quarta-feira (30).  

Segundo o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o reconhecimento dá às duas cidades oportunidade de desenvolver novos produtos turísticos. “Este título dará desenvolvimento turístico, econômico, cultural e social a estas localidades. Ele é um instrumento que afeta diretamente a qualidade de vida das cidades, criando soluções criativas de melhorias locais. O turismo tem muito a ganhar com isso”, destacou.

O  presidente da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte (Belotur), Gilberto Castro, ressaltou que foram necessários meses de engajamento com criadores da gastronomia mineira para conseguir resumir, em um dossiê, os atributos locais. “É um reconhecimento internacional da nossa criatividade gastronômica como motor de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós, agora, fazer com que essa riqueza se consolide em uma estratégia impulsionadora de crescimento, dinamismo, formação, inclusão, sustentabilidade e também do orgulho de ser belo-horizontino.” 

O secretário municipal de Turismo de Fortaleza, Alexandre Pereira, disse que a entrada para a rede fortalece o vínculo cultural criativo que a cidade tem com as pessoas e com o mundo. “Fortaleza tem se colocado no mundo dessa forma, uma cidade criativa, afetiva e cordial.”

No Brasil, oito cidades já tinham com o título: Belém, Florianópolis e Paraty (RJ), no campo da gastronomia; Brasília e Curitiba, no do design; João Pessoa, em artesanato e artes folclóricas; Salvador, na música; e Santos (SP), no cinema.

Segundo o Ministério do Turismo, a gastronomia responde por quase 40% dos empregos na economia criativa de Belo Horizonte. O setor movimenta R$ 4,5 bilhões por ano, considerando as suas 45.662 empresas do setor de alimentos, das quais 18.699 são bares e restaurantes, distribuídos em 10 polos gastronômicos.

Fortaleza é considerada a quarta capital do país em número de estabelecimentos de design, depois de São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, e ocupa a terceira posição entre as capitais brasileiras em número de empregos formais neste setor. A cidade é um pólo industrial têxtil e mantém uma área ativa de produção de moda.

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