Uma investigação da Marinha do Brasil em conjunto com a Petrobras apontou que o óleo que polui praias do Nordeste é de origem Venezuelana. As manchas começaram a aparecer no dia 2 de setembro e já atingem ao menos 138 áreas do litoral nordestino, incluindo a foz do rio São Francisco em Alagoas. O material encontrado foi submetido a uma análise de comparação com o óleo produzido pela Petrobras.
A análise apontou que as amostras são incompatíveis com qualquer produto semelhante brasileiro. As manchas são, na verdade, uma mistura de óleos venezuelanos. Segundo especialistas da estatal, cada petróleo possui um “DNA” específico. A partir dos compostos químicos encontrados, é possível determinar sua origem.
Na última terça-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que haviam suspeitas de um país. Mas que não poderia fazer uma acusação precoce para “não criar problemas”. Ele disse ainda que há possibilidade de despejo criminoso. Ainda segundo o presidente, as manchas não têm um volume constante, logo, o vazamento não parece partir de um navio afundado.
No entanto, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que ainda não é possível dizer de onde veio o óleo. Mas não descartou a possibilidade de um navio afundado. Segundo ele, além da possibilidade de despejo criminoso, ainda há a hipótese de um acidente durante a transferência de óleo de um navio para outro.
A Marinha do Brasil afirmou em nota à imprensa que realiza patrulha nas áreas afetadas para fins de monitoramento. A nota diz também que foram empregados 1.583 militares, cinco navios, um avião e embarcações da capitania dos portos na ação. Segundo a Marinha, a análise do material coletado está sendo realizada pelo setor de Geoquímica Ambiental do Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, que apresentou resultados que indicam perfis químicos compatíveis com petróleo cru.
Biólogos dizem que esta é a maior catástrofe ambiental no litoral Nordeste do país. Cerca de 16 tartarugas marinhas, ameaçadas de extinção, foram contaminadas com a substância. O peixe-boi marinho, que também está ameaçado de extinção, pode ser diretamente afetado pela catástrofe, além de aves e cetáceos. O vazamento já atinge 61 municípios.
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