Gabriel Geraldo dos Santos aprendeu a nadar aos quatro anos e o que começou como uma brincadeira, hoje, aos 17 anos, realiza sonhos. Atleta paraolímpico, o aluno do 3º ano do ensino médio da Escola Estadual Professora Maria Amélia Campos, em Corinto, acabou de chegar de Lima, capital do Peru, onde participou dos Jogos Parapan-Americanos de 2019.
Na mala, além de orgulho e alegria, trouxe cinco medalhas: duas de ouro, uma de prata e duas de bronze. “Estou muito feliz depois dessa competição. Agora vou pegar uns dias de descanso e voltar forte, com foco nas competições nacionais. Não pode é parar”, disse Gabriel.
O aluno-atleta desembarcou no Aeroporto de Confins na quarta-feira (4/9) e foi recepcionado com festa por amigos e familiares. A mãe dele, Eneida Magna dos Santos Araújo, falou sobre a emoção ao ver a primeira conquista internacional do filho. “Estou sem palavras. É uma emoção muito grande ver a superação do Gabriel e saber que ele conseguiu chegar tão longe”, comemora.
As medalhas conquistadas por Gabriel no Parapan-Americanos foram: dois ouros nos 50 e 100 metros livres, uma de prata, nos 200 metros livres, e duas de bronze, nos 50 metros borboleta e 50 metros nado costas classe S2. Gabriel conseguiu ainda bater o próprio recorde.
Agora, o objetivo do estudante é participar dos Jogos Paralímpicos de 2020, que serão realizados em Tóquio, no Japão. “Meu sonho sempre foi participar de uma paraolimpíada e estou mais próximo disso”, declara.
Estímulo de professor
A inserção de Gabriel no esporte foi uma iniciativa do professor de Educação Física, Aguilar Freitas da Rocha. Na época, o educador atuava na Escola Estadual Antônio Vieira Machado, em Corinto. “O Aguilar teve um olhar para o diferente. Quando viu Gabriel nadando, perguntou se podia inseri-lo no esporte e eu concordei”, conta Eneida.
Com a aprovação da mãe, o professor inscreveu Gabriel para participar dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg). Já na primeira competição o estudante conquistou três medalhas. “Quando vi o Gabriel nadando, já deu para perceber o potencial incrível que ele tinha. Para mim, ele é um super-humano”, afirma o professor. De lá para cá, Gabriel já conquistou quase 80 medalhas em competições.
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