Brasil tem recorde de praias candidatas a certificação ambiental

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O Brasil pode ter no próximo verão um número recorde de praias com a certificação internacional Bandeira Azul, que leva em conta a qualidade da água e a gestão e educação ambiental. O júri nacional do programa aprovou 14 candidaturas, que agora passarão pelo crivo do júri internacional, em setembro. No ano passado, todas as candidatas aprovadas no Brasil foram confirmadas na etapa global.






Inicialmente, apenas 13 candidaturas haviam sido aprovadas pelo júri nacional, mas uma praia conseguiu entrar na lista após apresentar recursos. Entre as 14 candidatas, há duas praias que já tiveram o título e foram desclassificadas e oito já estão certificadas. Quatro praias buscam obter a candidatura pela primeira vez, incluindo a primeira praia cearense da lista.

O Instituto Ambientes em Rede, que organiza a seleção no Brasil, prefere não revelar o nome das praias candidatas antes da decisão do júri internacional. Coordenadora do programa, Leana Bernardi diz que o objetivo principal é promover mudanças de comportamento na população, por meio de ações de educação ambiental.

“Os candidatos têm que promover ações de educação e de informação, com sinalização na praia e atividades com os usuários e as comunidades”, explica Leana. “Muitos municípios colocam tendas na praia, reúnem as crianças e promovem atividades lúdicas. E fazem abordagem direta aos banhistas.”

Os critérios são divididos em quatro temas principais: a qualidade da água; a segurança e os serviços, como a presença de guarda-vida, policiamento, passarelas; a gestão ambiental, como o manejo sustentável de resíduos; e a educação ambiental. Se aprovadas, as praias devem hastear a bandeira azul do programa a partir de novembro, e manter informações educativas à disposição dos banhistas.

Certificadas

O Brasil chegou a ter nove praias certificadas no início do verão passado, mas a Praia de Palmas, em Governador Celso Ramos, Santa Catarina, não conseguiu manter o nível de excelência da qualidade da água e perdeu o título ao longo deste ano. Outra praia que tinha sido certificada e ficou de fora da lista foi a Prainha, na zona oeste do Rio de Janeiro, que não enviou toda a documentação necessária para manter a certificação.

Estão na lista atualmente a Praia Grande de Caravelas, em Governador Celso Ramos, a Praia do Estaleirinho e a Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, a Praia de Piçarras, em Balneário Piçarras, e a Praia da Lagoa do Peri, em Florianópolis, em Santa Catarina; a Praia do Tombo, no Guarujá. e,m São Paulo; a Praia de Ponta Nossa Senhora, em Salvador; e a Praia do Peró, em Cabo Frio, Rio de Janeiro.

A predominância das praias de Santa Catarina na lista pode ser explicada pelo maior contato entre os gestores dos municípios catarinenses e o Instituto Ambientes em Rede, que organiza a certificação no Brasil. A organização não governamental (ONG) é sediada em Santa Catarina, onde tem mais possibilidades de divulgar o programa e convidar as cidades a inscreverem suas praias.

O certificado Bandeira Azul começou na França na década de 1980, criado pela Foundation for Environmental Education (Fundação pela Educação Ambiental, em tradução livre) e somente a partir de 2001 passou a certificar praias e marinas de fora da Europa. Atualmente, 4,5 mil praias, marinas e barcos de turismo de 45 países estão certificados. No Brasil, além das oito praias, há cinco marinas certificadas em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, Guarujá e Ubatuba, em São Paulo, e Florianópolis e Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Além da certificação internacional, o programa promove uma fase piloto, em que as praias e marinas iniciam sua caminhada para se adaptar aos critérios. Entre elas estão a Praia da Reserva, no Rio de Janeiro, e a Praia de Guarajuba, em Camaçari, na Bahia.

O júri internacional é formato por representantes de instituições de peso, como a Organização Mundial da Saúde, a Organização Mundial de Turismo e o Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente. No Brasil, os Ministérios do Meio Ambiente e do Turismo participam do júri nacional, além da Secretaria de Patrimônio da União, da Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente e outras entidades e ONGs que tratam de sustentabilidade e segurança nas praias.

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(Fonte: Agência Brasil)

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