Foi com uma “honra tremenda” que a deputada federal por Minas Gerais Áurea Carolina (PSOL) recebeu a notícia de que é uma das 100 pessoas jovens negras mais influentes do mundo na área de política e governança. A sua inclusão na lista do Most Influencial People of African Descent (Mipad) – ou Pessoas Afrodescendentes Mais Influentes – foi comunicada na quinta-feira (21) – quando é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
“Fiquei muito feliz. Achei grandioso demais estar entre as 100 pessoas mais influentes do mundo. Recebo esta indicação como uma confirmação de um trabalho, da relevância pública”, comemorou a deputada. Ela ainda destacou o trabalho realizado pela Gabinetona – Iniciativa política do Psol em Minas, de mandato compartilhado e coletivo, que começou na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) e hoje está presente também na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e na Câmara Federal.
A seleção também destaca a atuação de homens e mulheres negras nos temas: Negócios e Empreendedorismo, Mídia e Cultura, Religião e Trabalho Humanitário. O Most Influencial People of African Descent é realizado por um grupo de empresários, políticos e influenciadores negros de diversos países em apoio à Década Internacional de Afrodescendentes 2015/2024, proclamada pela ONU como momento crucial para promover ações de reconhecimento, justiça e desenvolvimento para as populações negras do mundo.
Áurea ainda destacou a importância de estar na categoria política e governança. “É legal ressaltar isso porque temos pouquíssimas referências de negros de destaque na política institucional no nosso país. As pessoas existem, precisam ser conhecidas, para encorajar crianças e jovens a ocupar a política”, afirmou.
Áurea Carolina — Foto: Patrick Arley/Divulgação
Sobre
Áurea Carolina está em seu segundo mandato, o primeiro como deputada federal para a legislatura 2019/2023. Antes, foi vereadora, a mais votada, em Belo Horizonte entre 2017 e 2018. Como deputada, ela foi a quinta mais votada, com 162 mil votos, e a primeira entre as mulheres na eleição passada em Minas Gerais.
Áurea tem 35 anos, é natural do Pará, mas vive em Belo Horizonte onde se formou na convivência com movimentos sociais, incluindo o hip-hop, desde a adolescência. É cientista política, graduada em Ciências Sociais, pela Universidade Federal de Minas Gerais; tem especialização em Gênero e Igualdade – Administração Pública Local, Universitat Autònoma – UAB, Barcelona; e é mestre em Ciência Política, também pela UFMG.
E seu site, ela destaca a atuação em lutas pela construção dos direitos da maioria da população, na busca por igualdade. E diz que, dedica-se às causas das mulheres, da negritude, LGBT, das juventudes, dos povos e comunidades tradicionais e das pessoas que vivem nas periferias.
Com relação ao novo trabalho que começou este ano em Brasília, Áurea citou a participação da comissão externa do desastre de Brumadinho, onde, segundo ela, os deputados estão empenhados na produção de um conjunto de projetos de lei relacionados à mineração. “Vamos instituir o dia 25 abril como o Dia nacional de Mobilização pelos Direitos dos Atingidos por Barragens”. Neste dia também projetos de leis já devem estar prontos para votação, afirmou.
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(Fonte: G1 Minas)