Fronteira com a Venezuela registra novo conflito neste domingo

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Novos conflitos voltaram a ocorrer em Pacaraima (RR), na fronteira entre Brasil e Venezuela, na tarde deste domingo (24/02/2019). Imagens transmitidas pela televisão mostraram manifestantes chamando a atenção e atirando pedras em direção às forças militares venezuelanas, dispostas em fila e fazendo uma barreira na pista ao lado de um tanque.






Os militares venezuelanos reagiram atirando bombas de gás lacrimogêneo nos manifestantes, em direção ao lado brasileiro da fronteira.

Pelas imagens, apenas um militar brasileiro entra no meio do conflito fazendo gestos para que os ataques terminem.

Ontem (23), dois venezuelanos morreram em confrontos em uma área perto da fronteira da Venezuela com o Brasil. Também foi registrado confronto na fronteira entre Venezuela e Colômbia. Ainda no sábado, dois caminhões com ajuda humanitária entraram em território venezuelano, segundo o governo brasileiro.

Esse é o terceiro dia de confrontos da região desde que o presidente Nicolás Maduro anunciou o fechamento das fronteiras.

Confronto entre manifestantes e militares em Pacaraima – Foto: Alan Chaves/G1

Brasil condena violência

O governo brasileiro, em nota, condenou os episódios de violência registrados nas fronteiras do Brasil e da Colômbia com a Venezuela. O comunicado foi divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores nas primeiras horas de hoje (24). Para o governo brasileiro, os atos caracterizam “o caráter criminoso do regime [do presidente Nicolás] Maduro” e um “brutal atentado aos direitos humanos”.

“O governo do Brasil expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias vítimas fatais e dezenas de feridos”, diz a nota.

No documento, o Itamaraty apela para que todos os países reconheçam Juan Guaidó como governo legítimo.

“O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a violência das forças do regime contra sua própria população”, diz o texto.

Na nota, o governo brasileiro ressalta que o uso da força contra o povo venezuelano, que vive um momento de profunda crise humanitária, é inadmissível.

“O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se.”

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(Fonte: Agência Brasil)

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