Um professor da UFMG em Belo Horizonte está entre os detidos, diz polícia.
Investigação começou em Teófilo Otoni, em setembro.
Cinco homens foram presos nas cidades de Belo Horizonte, Esmeraldas, na Região Metropolitana da capital, e em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, suspeitos de exploração sexual de adolescentes. A Polícia Civil apresentou o balanço nesta quinta-feira (5).
Segundo a corporação, dois professores, um assessor parlamentar, um repórter e um funcionário público usavam as redes sociais para atrair jovens com idade entre 15 e 17 anos, por meio de promessas de testes em escolinhas de futebol. Todos os presos têm idade superior a 30 anos. Na casa de um deles, foram encontrados computadores, tablets, HD´s externos e pendrives, além de celulares, câmeras digitais e filmadoras.
Segundo informações já se apresentaram no 15º DEPOL em Teófilo Otoni os seguintes:
José Wilson Rodrigues – Ex-funcionário da Secretaria de Saúde de Teófilo Otoni
Telmar Marques – Assessor parlamentar
Luiz Sandes – Repórter da Radio 98
Foto de quatro dos cinco presos na operação
Além dos homens já presos, um advogado é investigado por participação no crime. As buscas começaram e setembro, após denúncia do avô de um dos adolescentes, que teria visto a conversa de cunho sexual no computador do neto, em Teófilo Otoni, e denunciado. A polícia suspeita que as práticas ocorriam desde o ano passado.
As investigações apontam que alguns meninos foram levados para um sítio em Esmeraldas, na Grande BH, para manter relações sexuais com os suspeitos. Segundo a polícia, o local pertence a um professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Eram oferecidos como pagamento valore entre R$10 e R$50 e até entradas para shows.
O delegado Rodrigo Colen preside o inquérito em Teófilo Otoni e revela que mais de dez adolescentes que teriam sofrido a exploração já foram identificados. Segundo o delegado, os jovens eram abordados por meio de outro menino que já foi identificado com a promessa de se submeterem a testes para grandes times de futebol e depois descobriam que as propostas recebidas eram para exploração sexual.
O superintendente de investigações Jefferson Botelho informou que a operação que resultou nas prisões é uma ação de combate contra o turismo sexual, já visando a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que serão sediados no Brasil. Ainda segundo o superintendente, os dois homens presos em Belo Horizonte serão ouvidos na cidade e depois encaminhados para Teófilo Otoni. A investigação ainda não terminou e outros suspeitos ainda podem ser presos. O crime de exploração sexual prevê pena entre 4 e 10 anos de prisão.
Procurada pela reportagem, a assessoria da UFMG informou que vai se manifestar, ainda nesta quinta-feira (5), por meio de nota.
Via G1