O empreendedor Bruno Ribeiro Carvalho, 31, teve uma surpresa para lá de desagradável nas últimas semanas. Morador da cidade de Lambari, no Sul de Minas, ele trata de um câncer desde 2014 e havia acabado de chegar de uma sessão de radioterapia quando se deparou com uma correspondência da empresa Tim com as palavras “mineiro boiola otário” no envelope, logo abaixo do seu nome. “Eu lia e relia e lia de novo e não acreditava no que eu estava vendo”, conta ele, que admite ter ficado abalado com as ofensas.
Depois de assimilar o baque, o mineiro fez reclamações contra a empresa, uma no portal do governo federal, e outra na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e postou um relato do ocorrido, com as fotos da correspondência, nas redes sociais – a partir daí, o caso começou a repercutir.
Alguns dias depois, ele recebeu uma ligação de uma atendente da empresa pedindo desculpas, dizendo que o cadastro foi corrigido e oferecendo três meses gratuitos no plano de telefonia e internet. “Não aceitei e avisei que entraria com um processo judicial, porque, querendo ou não, a empresa é a responsável por isso, e eu acho que devem ser tomadas atitudes para que haja uma melhora no atendimento e não aconteça o que ocorreu comigo com outras pessoas”, explica ele, que também é bacharel em direito.
Agora, ele estuda como vai acionar a Tim na Justiça comum. “Não vou procurar o Juizado Especial e vou entrar com uma ação por danos morais, porque tem vários agravantes, como minha própria doença”, explica. Além da atendente, o vice-presidente de clientes da empresa telefonou pedindo desculpas e informando que o que ocorreu não reflete a política de atendimento da empresa de telefonia.
Foto: Arquivo Pessoal
Resposta
Em contato com a reportagem, a Tim pediu desculpas pelo fato e lamentou o ocorrido e os transtornos. “Assim que tomou ciência do caso, acionou imediatamente todos os seus canais para tomar as devidas providências. A empresa reitera seu compromisso com a experiência do cliente e repudia veementemente o episódio, que não reflete os nossos padrões de conduta”, informou a empresa em nota.
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(Fonte: O Tempo)