O promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, que investigou empresas após rompimento da barragem em Mariana, acusou nesta segunda-feira (28) a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) de assinar acordo com a Vale, BHP e Samarco “extremamente benéfico às empresas”. Para ele, o acordo “entre amigos” contribuiu para a nova tragédia que ocorreu na última sexta-feira (25) em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte.
“Senhora ex-presidente, o acordo entre amigos que seu governo assinou com a Vale, BHP e Samarco, em 2015, extremamente benéfico às empresas, também é parte desta nova tragédia, pois a criação da Fundação Renova gerou a certeza de impunidade e a de que o crime compensa”, afirmou em uma publicação no Twitter.
A resposta do promotor ocorreu após publicação de Dilma sobre a tragédia de Mariana. A ex-presidente disse que, à época, o governo federal tratou vítimas do “rompimento de barragens como vítimas de desastres naturais para que aquelas pudessem receber com presteza o dinheiro do FGTS. Os bolsominions parecem não saber o que é uma questão humanitária, nem sua urgência”, disse.
Em 2015, Dilma assinou decreto afirmando que rompimento de barragem passava a ser considerado desastre natural. “Considera-se ambém como natural o desastre decorrente do rompimento ou colapso de barragens que ocasione movimento de massa, com danos a unidades residenciais”, diz o decreto.
As críticas foram grandes contra o decreto assinado pela então presidente. Isso porque havia cobrança para que as empresas responsáveis pelo rompimento da barragem em Mariana pagassem idnenizações e reconstruíssem o distrito de Bento Rodrigues, e não liberação de uma verba trabalhista aos atingidos na ocasião.
Até o momento, mais de três anos após o rompimento da barragem em Mariana, nenhuma indenização foi paga e o distrito não foi reconstruído, como prometeram empresas.
Foto: Reprodução/Twitter
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(Fonte: O Tempo)