O novo governador de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou nesta terça-feira (1/1/19), em cerimônia na Cidade Administrativa, que seu mandato será uma resposta às demandas populares por eficiência, transparência e compromisso com a melhoria de vida dos mineiros. Para Zema, este é o momento de unir a população e todas as esferas de poder no Estado em torno do “Pacto por Minas”. Acompanhado do vice-governador, Paulo Brant, ele abriu a cerimônia revistando a tropa e cumprimentando a população presente.
“É nosso compromisso fazer esta mudança de valor para Minas voltar a se viabilizar. Contamos com o Legislativo, o Judiciário, o Ministério Público, a imprensa, os servidores públicos, federações e entidades representativas de classes e da sociedade mineira para estar ao nosso lado, ao lado dos mineiros, em um grande pacto, para que tenhamos de volta o nosso orgulho de ser mineiro”, ressaltou. “Nossa responsabilidade é enorme. Não somente pelo expressivo resultado das urnas, mas também porque não podemos repetir os erros do passado, nem estar desatentos na rota a ser seguida”, completou.
O governador anunciou que adotará medidas emergenciais para enxugar gastos e retomar a eficiência do poder público. “Precisaremos fazer ajustes, pois a conta da irresponsabilidade chegou. Encontramos um Estado falido. E agora, teremos que pagar a conta do passado, para que possamos oferecer um futuro melhor”, disse.
“Os desafios, contudo, serão, enormes. E, nesse momento, podemos percorrer dois caminhos. Um é continuar reclamando das gestões passadas e talvez perder mais quatro anos. O outro é enfrentar os problemas de frente e buscar as soluções necessárias para resolvê-los. E aqui, perante todos, reafirmo que este governo se guiará pela opção de resolver. Este é este o desejo dos mineiros”, completou Zema.
Entre as medidas, estão a redução do número de secretarias, de cargos comissionados e práticas de austeridade com o uso de recursos públicos. “Daremos o exemplo com transparência e retidão, pois é isto que os mineiros esperam de nós. Somos servidores públicos, estamos aqui para servir quem paga impostos e não para criar e usufruir de privilégios. Em nosso governo isso vai acabar. Vamos enxugar a máquina, com a redução de secretarias, corte de cargos comissionados e eliminação de mordomias. Não resta outra alternativa que não seja as medidas para reduzir despesas, tanto em pessoal quanto em contratos”, completou.
Romeu Zema voltou a afirmar que irá se comprometer para garantir maior eficiência da máquina pública, com geração de empregos e valorização de servidores. “Iremos adotar os critérios mais conservadores possíveis. Na dúvida, vamos provisionar, pois diante da incerteza, melhor ter números confortáveis a números que nunca se realizam. Teremos pé no chão. Mas faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para Minas funcionar com o foco nas pessoas”, disse.
Com isso, o governador pretende tornar o modelo de gestão de Minas Gerais vitrine e inspiração para o Brasil. “Espero, e acredito, que o Brasil, olhando para Minas, veja que é possível fazer uma gestão pública diferente, eficiente e comprometida com as pessoas e não com os políticos”.
O governador anunciou que adotará medidas emergenciais para enxugar gastos e retomar a eficiência do poder público – Foto: Veronica Manevy/Imprensa MG
Avanços
Para que o Estado volte a crescer e possa gerar mais empregos, Romeu Zema pretende retomar a credibilidade e crescimento econômico de Minas Gerais. “Vamos ampliar receitas, mas sem aumentar impostos. Faremos por meio do incentivo às empresas, aos investimentos e a quem quer trabalhar. Aproveitando as boas práticas da gestão privada e usando novas ferramentas de administração pública, vamos simplificar processos e fazer deste Estado um amigo de quem trabalha, empreende e produz”.
Com o intuito de fomentar o setor produtivo, o governador acredita que uma das saídas é desburocratizar a economia. “Vamos dinamizar a economia, eliminando os entraves que afetam e inibem o setor produtivo. Temos de ser duros é com bandido, com quem atrapalha a sociedade. E não com quem gera desenvolvimento. Desataremos os nós das dificuldades do Estado para quem quer produzir e trabalhar em Minas, garantindo o livre mercado e liberdade para empreender. Por isso, geradores de empregos serão muito bem-vindos em Minas Gerais”, reforçou.
Citando a dívida do Estado com a União e o atraso dos repasses às prefeituras, Zema afirmou que seu maior objetivo agora é o equilíbrio das contas públicas. “Desafiando as fórmulas tradicionais, fomos vitoriosos até aqui. E tenho certeza que, ao final deste mandato, teremos uma casa arrumada, um Estado com a economia fortalecida, com o aumento do número de empresas e, consequentemente, o aumento expressivo das vagas de empregos e de qualidade de vida”, citou. “Também quero deixar como legado uma dívida com a União que esteja em um patamar aceitável, que os repasses para as prefeituras estejam regularizados, que o funcionalismo estadual esteja trabalhando satisfeito por receber seus vencimentos em dia, e que o Estado funcione com serviços públicos de maior qualidade”, finalizou.
Zema encerrou sua fala, ressaltando a importância da união para construir uma “nova Minas Gerais”. “A oportunidade de construirmos esta nova história está colocada, e, contando com o apoio de todos vocês, caminharemos unidos, com fé e dedicação. Faremos um governo eficiente para ter uma Minas Gerais diferente. Esta é a meta desta nova gestão”.
Biografia de Romeu Zema e Paulo Brant
Natural de Araxá, cidade do Triângulo Mineiro, Romeu Zema, 54 anos, é pai de dois filhos. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (SP), iniciou sua trajetória profissional bem cedo, aos 11 anos, seguindo os passos de seu pai. Ao longo de sua carreira, atuou em diversas funções, como cobrador, frentista, balconista, estoquista, caixa, comprador, vendedor, analista de marketing, analista comercial e gerente.
Em 1991, assumiu o controle das Lojas Zema e foi responsável pelo salto que levou a rede varejista de apenas quatro unidades em Minas Gerias a atingir a marca de 430 lojas, incluindo os Estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo.
Apaixonado por gestão e desenvolvimento de pessoas, incentivou práticas que se refletem na presença do Grupo Zema no ranking das “Melhores Empresas para se Trabalhar” há 15 anos, de acordo com pesquisas do Instituto Great Place to Work.
Atualmente, Romeu Zema é membro do Conselho do Grupo Zema, composto por empresas que operam em cinco ramos: varejo de eletrodomésticos e móveis, distribuição de combustível, concessionárias de veículos, serviços financeiros e autopeças. São 5.000 empregados diretos e aproximadamente 1.500 indiretos. O Grupo Zema é a maior rede a atender prioritariamente as cidades do interior do Brasil com até 50 mil habitantes.
Nascido em Diamantina, Paulo Brant tem 62 anos. O vice-governador é formado em Engenharia Civil e Economia, tem pós-graduação em economia, além de ser especialista em estratégia empresarial. Foi professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais e da PUC Minas. Paulo Brant ainda atuou como diretor-presidente da Celulose Nipo-Brasileira S/A – Cenibra, entre 2010 e 2016. Também foi secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, diretor-superintendente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, e chefe de gabinete do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Paulo Brant possui trabalhos publicados na área de economia: “Economia Mineira – 1989: Diagnóstico e Perspectivas”, “Evolução e Perspectivas do Setor Industrial em Minas Gerais”, “O Programa de Estabilização e os Bancos” e “O Setor Industrial em Minas Gerais: Características, Desempenho Recente e Perspectivas”. Também atuou como superintendente executivo de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), entre 2016 e 2018.
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(Fonte: Agência Minas)