Relatos de aumentos indevidos de preços preocupam os interessados pela promoção, mas organizadores afirmam que casos levantados podem não ter relação com o evento
Relatos de internautas de que algumas empresas de comércio online estariam inflando seus preços começaram a surgir pela rede, indicando a possibilidade do retorno do que no ano passado ficou conhecido como “Black Fraude”. Segundo uma das companhias envolvidas, os produtos apontados não farão parte do evento, mas o público permanece cético.
A bancária Ana Carol Toledo vem monitorando semanalmente o preço da Smart TV 55F7500, um dos aparelhos Full HD da Samsung com uma tela de 55 polegadas. Usando a função comparativa do Buscapé, ela notou que o valor do produto na página foi de cerca de R$ 5.849 para em torno de R$ 6.651 à vista no último domingo (24). A diferença é maior ainda no Submarino, indo de aproximadamente R$ 5.849 para quase R$ 7.039 à vista.
Mostrando que o ocorrido não se trata de um caso isolado, a jornalista Martha Furtado Kanagusko notou algo parecido com os valores do smartphone Razr HD, da Motorola, também no site do Submarino. No dia 26, o celular estava saindo por R$ 879, mas teve seu preço aumentado para cerca de R$ 1.275 no dia seguinte. Hoje, o produto esta à venda por cerca de R$ 1.304.
Muita calma nessa hora
De acordo com Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos e organizador da Black Friday no Brasil, não dá para afirmar que as ocorrências sejam quebras das regras do evento, já que não é possível determinar se os produtos em questão vão participar da promoção.
Segundo a ouvidoria do Submarino, o caso de Martha se enquadra justamente nessa situação e o dispositivo não fará parte da Black Friday. Eles afirmaram ainda que o preço do aparelho no site oscila devido a negociações com os fabricantes.
A jornalista, no entanto, questiona o fato de o “preço real” do celular também mudar com o passar dos dias. “No primeiro print estava ‘de R$ 998 por x’ e no segundo está ‘de 1.699 por x’. Entendo os descontos oscilarem diariamente, mas quer dizer que o valor do produto se altera diariamente também?”, questiona.
O que fazer?
Pedro Eugênio aconselha os consumidores que suspeitarem de irregularidades a entrar em contato direto com os sites responsáveis ou acessar o Reclame Aqui, que conta com um canal específico para o evento. Segundo o CEO, o Busca Descontos é apenas “um canal que publica ofertas” e não é responsável pelos preços dos itens anunciados.
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Via Olhar Digital
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