O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, pediu nesta quarta-feira que as penas aplicadas ao crime de sabotagem de alimentos sejam equiparadas às de financiamento do terrorismo. O pedido foi feito por causa da crise provocada no país pela sabotagem de morangos. Várias agulhas têm sido encontradas dentro das frutas vendidas no comércio australiano.
O ministro do Interior, Peter Dutton, informou que já foram registrados mais de cem casos de agulhas inseridas em morangos. A maioria dos casos ocorreu no estado de Queensland. Serão destinados cerca de US$ 720 mil aos produtores da região para minimizar os danos.
Dutton também anunciou uma recompensa de US$ 71 mil para aqueles que tiverem informações sobre os culpados. O primeiro-ministro afirmou que quer enviar uma “mensagem muito clara” aos responsáveis pelos acontecimentos ocorridos na semana passada com a ampliação da pena do crime de sabotagem para 15 anos de prisão.
A proposta, que deve ser aprovada ainda nesta semana no Parlamento, também deve modificar a definição de sabotagem, que normalmente se refere às infraestruturas nacionais, para incluir os alimentos de consumo humano.
Morisson também afirmou que irá propor a criação do crime de “imprudência”, que poderá ser punido com até dez anos de prisão. O objetivo é punir os que cometeram atos de sabotagem agrícola.
O governo da Austrália também quer encontrar os responsáveis pelos que adulteraram os morangos, cuja produção movimenta US$ 115 milhões por ano no país.
Após a Nova Zelândia ter proibido a venda dos morangos australianos, Morrisson anunciou que as frutas exportadas deverão estar livres de metais – o que obrigou várias empresas a comprar detectores de metal para tentar localizar as agulhas.
As agulhas começaram a ser encontradas nos morangos na semana passada, o que fez com que as autoridades pedissem aos consumidores para cortá-los em pedaços pequenos antes de ingeri-los.
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(Fonte: Agência Brasil)