/Após um vídeo publicado no Instagram pela atriz Bruna Marquezine, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva publicou uma nota de esclarecimento sobre os efeitos do laxante, dizendo que a substância não ajuda no emagrecimento.
Nesta quinta-feira (5/9/2018), a atriz trouxe o assunto à tona após ter lido alguns comentários feitos em uma foto publicada por ela recentemente, na qual os seguidores disseram que ela estaria magra demais. No vídeo, ela diz que finalmente vem se sentindo bem consigo mesma, mas que passou por uma época difícil, em que chegou a tomar laxante para tentar emagrecer, por conta de comentários de que ela teria ganhado peso.
O medicamento provoca contrações intestinais e estimula a eliminação de fezes. A Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva disse que o uso indiscriminado da substância, além de não gerar redução efetiva do peso, prejudica a saúde intestinal e pode causar doenças graves, inclusive câncer colorretal.
Segundo pesquisa publicada pelo periódico Pediatrics, aos 23 anos – idade de Marquezine – aproximadamente 20% das mulheres já usaram laxante para emagrecer.
“O uso excessivo e inadequado de laxantes prejudica a absorção intestinal e causa desequilíbrio na concentração de minerais. Assim, aumenta-se o risco de desnutrição, desidratação e distúrbio hidroeletrolítico”, alerta Tomazo Franzini, médico endoscopista.
Ele afirma ainda que laxantes podem causar a perda de peso justamente por interferir na absorção de nutrientes. Ou seja, com o medicamento, o corpo elimina água e sais minerais nas fezes, que são em geral líquidas, e reduz a sensação de inchaço. “Além de o emagrecimento ser passageiro, o uso do laxante acarreta alto custo à saúde, já que pode levar à deficiência nutricional e inflamações no intestino”, diz.
Bruna Marquezine desabafa em rede social – Foto: Reprodução/Instagram
Câncer
Um recente estudo, realizado em julho deste ano pelo jornal científico Annals of Epidemiology, relacionou o uso de laxante ao maior risco de câncer colorretal.
Quando a substância é a base de fibras, nota-se aumento significativo nas chances de desenvolver a neoplasia. “No Brasil, esse tipo de câncer é o segundo tipo mais frequente em mulheres, responsável por quase 19 mil diagnósticos por ano”, reforça o médico.
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(Fonte: O Tempo)