O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou 18 pessoas por estelionato, que é a obtenção de vantagem por meio fraudulento, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os denunciados são acusados de aplicarem golpes em servidores públicos, a maioria idosos, desde 2012. A organização criminosa foi desmontada, em 2016, depois que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Belo Horizonte deflagrou a operação Monte Pietá.
De acordo com as investigações, o golpe começava com os criminosos entrando em contato com as vítimas afirmando que elas possuíam valores a receber de empresas de seguro, previdência ou capitalização. Mas, para conseguir as quantias, deveriam antes fazer depósitos nas contas dos integrantes da organização criminosa, que se passavam por funcionários de instituições de classe. Esses depósitos seriam para pagar os custos processuais e os advogados que ajuizariam as ações contra as seguradoras.
As informações levantadas apontaram que o grupo dividia as tarefas. Alguns eram responsáveis por ligar para a residência das vítimas, informando sobre os falsos créditos na seguradora e pedindo o depósito bancário para o pagamento de ações judiciais. Outros ficavam com a função de indicar possíveis vítimas e de orientar o grupo sobre o modo de aplicar o golpe.
Conforme apurado, existiam ainda aqueles que indicavam ou emprestavam contas bancárias para receber o dinheiro das vítimas e os que conseguiam os cadastros dos servidores públicos, onde estavam dados pessoais, que ajudavam os golpistas a dar credibilidade à história. Vários documentos apreendidos durante a operação Monte Pietá mostraram detalhes do golpe, como números de contas bancárias e nomes de associações de classe e instituições usados para o crime.
Entre as vítimas da organização criminosa estava uma idosa de 76 anos que, em 2013, recebeu ligação de um dos integrantes do grupo se passando por servidor de Tribunal de Justiça Militar. Após ser convencida pelo golpista, a idosa depositou R$ 47 mil acreditando que teria R$ 220 mil reais extras a receber da pensão do marido, um ex-major da Polícia Militar. Até o momento, o MPMG apurou a existência de 13 vítimas e de 18 integrantes do grupo criminoso. Segundo a denúncia, “os golpes eram praticados pela organização como verdadeira atividade profissional”.
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(Fonte: MPMG)