Argentina de Messi e Portugal de CR7 voltam para casa mais cedo

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Em uma partida muito movimentada, o Uruguai venceu Portugal por 2 x 1 em Sochi. Os uruguaios devem a vitória ao atacante Edinson Cavani, que marcou os dois gols do time no jogo e garantiu a Celeste nas quartas de final da Copa do Mundo. Agora, o Uruguai enfrenta a França por uma vaga na semifinal.

Portugal teve uma iniciativa que ainda não havia mostrado no campeonato. Buscou o gol o tempo todo e só não levou a partida para a prorrogação porque a defesa uruguaia mostrou eficiência. O sistema defensivo celeste soube fechar espaços, além de anular Cristiano Ronaldo a maior parte do jogo. Sem ele, bem marcado na frente, os portugueses perderam em criatividade e habilidade.

O jogo

Não precisou muito tempo para que a dupla Suárez e Cavani encontrasse o caminho do gol. Aos 7 minutos, Suárez cruzou para dentro da área. A bola passou pela defesa e encontrou Cavani, que cabeceou livre para o gol, sem chances para o goleiro Rui Patrício.

Portugal buscou mais o jogo e tentava atacar, usando Cristiano Ronaldo como referência. Mas o time europeu não dominava a partida. Os uruguaios também levavam perigo. Aos 22, Suárez cobrou falta e quase ampliou. Foi uma cobrança muito parecida com a do gol marcado contra a Rússia. Chutou uma bola baixa, no canto esquerdo, passando pela barreira. Mas dessa vez, o goleiro conseguiu espalmar.

Segundo tempo

O começo do segundo tempo mostrou um time português mais paciente. E foi aos 7 minutos que, após uma série de troca de passes, Bernardo entrou na área e cruzou rasteiro para o meio. Na finalização, a bola bateu na defesa uruguaia, que cedeu escanteio. E na cobrança, o zagueiro Pepe subiu mais alto que a defesa uruguaia e marcou o gol de empate. Foi o primeiro gol sofrido pelo Uruguai na Copa.

Quando Portugal ameaçava mais na partida, Cavani apareceu novamente, decisivo. Em um ataque rápido, Bentancur tocou para Cavani pelo lado esquerdo do ataque. Da entrada da área, o centroavante pegou de primeira, uma bola em curva, que tirou completamente as chances de Rui Patrício fazer a defesa. A Celeste voltava à frente no placar.

Portugal continuou pressionando. Aos 24 minutos, após cruzamento na área, o goleiro Muslera saiu mal do gol e a bola sobrou para Bernardo. O português emendou um voleio com o gol vazio, mas a bola subiu demais. Em seguida, Cavani pediu para ser substituído. Ele saiu de campo alegando uma lesão muscular. O Uruguai perdia sua principal arma ofensiva no jogo.

Portugal foi para cima do adversário, enquanto os uruguaios se fechavam na defesa e marcavam Cristiano Ronaldo muito bem. O camisa 7 português precisava voltar até o meio-campo para conseguir participar do jogo. Os lusitanos buscavam algum espaço para furar a defesa e tocavam a bola de um lado para o outro, sem conseguir ameaçar o gol de Muslera. Sem espaços por baixo, o time português apostava nos cruzamentos na área, sem sucesso.

No último lance do jogo, até o goleiro português foi para a área adversária para tentar o gol em uma cobrança de escanteio. Mas não adiantou.

O fim da partida marcou a saída de Portugal da Copa do Mundo. Do outro lado, festa uruguaia em Sochi.

Messi e CR7 estão fora da Copa do Mundo (Fotos: Divulgação/FIFA)

França 4 x 3 Argentina

A Copa do Mundo também acabou neste sábado para a Argentina, Messi e o pobre futebol apresentado pela equipe. A vontade foi pouco para superar a técnica e a juventude de França logo no primeiro jogo das oitavas de final do torneio. Em Kazan, na Rússia, os europeus ganharam por 4 a 3 ao mostraram que a juventude e bom futebol coletivo valem mais do que mística, garra e a dependência de um camisa 10.

Messi na Argentina é como um oásis no deserto. Posicionado como atacante centralizado, pouco participou do jogo. A quarta Copa da carreira do camisa 10 é a que acaba mais cedo e poucos dias depois do aniversário de 31 anos do ganhador de cinco prêmios de melhor jogador do mundo. O destino dele com a camisa da seleção é incerto, ainda mais depois de um Mundial em que a seleção argentina viveu mais de tradição e menos de futebol.

A sofrida classificação para as oitavas de final da Copa havia transformado o ânimo da Argentina. A angústia pela possível eliminação precoce deu lugar ao sentimento de que só se tinha a ganhar a partir de agora na Copa. Qualquer resultado seria lucro. A situação fez a cidade de Kazan ficar tomada de azul e branco, principalmente no largo calçadão principal e no centro histórico.

Logo o estádio acabou dominado também. Parecia Buenos Aires. A cantoria da torcida abafou os acordes da Marselhesa e o jogo logo mostrou as diferenças de propostas. A Argentina iria na empolgação do público, nos gritos e na velha cartilha de ganhar tempo a cada bola parada e lateral. A França apostava na capacidade individual dos jogadores e no talento do jovem elenco.

A paixão dos argentinos e o equilíbrio por vezes demasiado dos franceses em não jogar com intensidade fez a partida ser uma das melhores da Copa. O time de Messi vai embora nas oitavas sem poder reclamar. Jogou mal, teve formações confusas e foi para o primeiro mata-mata confiante de que ganharia somente pela garra.

O futebol venceu em Kazan. A França mais técnica e por vezes acomodada a ponto de permitir a virada, deixou o recado de que tem condição de ganhar a Copa. A equipe pode ser adversária do Brasil em uma eventual semifinal.

O começo da partida mostrou uma França veloz e decidida. Logo no começo teve cobrança de falta no travessão e show de Mbappé. Veloz, o atacante de 19 anos pegou a bola do campo de defesa e só conseguiu ser detido dentro da área, com pênalti. Griezmann converteu aos 13 minutos. Parecia ser o jogo para a França finalmente se firmar no Mundial após más atuações na fase de grupos.

A Argentina ficou desnorteada. Mbappé corria em direção ao gol e só era parado com falta, enquanto Messi não aparecia. O camisa 10 foi posicionado com falso centroavante na vaga de Higuaín, mas acabou marcado demais. A França parecia ter o comando, porém pecou por não ter apetite para ampliar. Como diz a expressão francesa, pareceu blasé e acomodada.

A multidão argentina estava mais quieta quando Di María deu o primeiro chute a gol do time. Era 41 minutos do primeiro tempo quando a comodidade francesa foi encerrada pela bola certeira no ângulo para empatar. A França assumiu o risco de esperar o contra-ataque. Pagou como conta o empate.

Quando se enfrenta a Argentina, há sempre o “risco Messi”. O camisa 10 pode estar quieto, mal em campo e acertar mesmo quando erra. Foi o caso da virada. Ele chutou a gol e a bola bateu no meio do caminho em Mercado para tirar o goleiro Lloris da jogada, aos 2 minutos do segundo tempo.

A França precisava, então, ser mais “Argentina” e ter vontade. Só a técnica não bastava, era preciso correr e forçar o jogo veloz, com havia feito no primeiro tempo. O time europeu avançou e com toques rápidos marcou três gols em dez minutos: Pavard acertou o ângulo aos 12 minutos para depois Mbappé fazer aos 18 e aos 22.

O placar de 4 a 2 era o recado claro de que a França era superior. Teve chances ainda de fazer o quinto. A equipe mostrou o quanto pode ser perigosa se mantiver a intensidade e o empenho demonstrados no segundo tempo. A Argentina, no entanto, não saiu de campo derrotada. A torcida continuou a cantar no fim, em reconhecimento do quanto o esforçado e limitado time correu. Ainda sobrou um gol de Agüero nos acréscimos antes de o “adiós” da Argentina ser sacramentado.

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(Fonte: Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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