Polícia vai investigar participação de facções em ataques em Minas Gerais

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A Polícia Militar (PM) de Minas Gerais informou hoje (4) que somente através de investigações poderá confirmar a suspeita da participação de facções nos incêndios criminosos ocorridos no estado entre a tarde de ontem (3) e a madrugada de hoje, embora não descarte essa possibilidade. De acordo com o porta-voz da PM mineira, major Flávio Santiago, a hipótese de que o comando dos ataques partiu de organizações criminosas foi intensificada com a circulação de áudios nas redes sociais.

Segundo ele, alguns dos áudios foram descartados após análise da corporação, porque, apesar de serem divulgados como materiais relacionados aos incêndios, não tinham conexão com os crimes. “É importante frisar que esses ataques não aconteceram somente em Minas Gerais. Aconteceram em outros estados. Temos informação do Rio Grande do Norte, de São Paulo. Quer dizer, não foi uma ação direcionada a Minas Gerais”, afirmou o major, em coletiva de imprensa. “Parece, em parte, que houve uma orquestração de facção criminosa, mas não podemos determinar isso”, disse o policial.

De acordo com a PM, foram atingidos, nos últimos dois dias, 24 ônibus, duas agências bancárias, um caixa eletrônico de autoatendimento, uma delegacia e uma unidade de Registro de Eventos de Defesa Social (Reds), da PM, além de prédios públicos.

O major disse aos jornalistas que, desde ontem, um “vasto efetivo” de policiais militares foi empregado para fazer a escolta dos veículos e o cruzamento de informações de inteligência, com o objetivo contribuir para o andamento das investigações dos ataques. Ele comunicou, ainda, que a PM já prendeu 30 pessoas. Do total, oito foram presas em flagrante, sendo um adolescente.

Veículo coletivo incendiado em Uberaba (Foto: Reprodução/WhatsApp)

Nota do Governo de Minas

O Estado de Minas Gerais ressalta que está empenhado na resolução e no esclarecimento das motivações que levaram à queima de ônibus e outros eventos de segurança desde o último domingo (3/6), em diferentes cidades mineiras. Por determinação do Governador Fernando Pimentel, todas as forças de segurança trabalham de forma integrada e com prioridade na questão, na busca de resultados e punição de responsáveis.

Vale ressaltar que a resposta dada até o momento pelas instituições mostra mais uma vez a força das polícias mineiras e a confiança que a população pode e deve ter na resolução dos fatos. Até o momento, já foram conduzidos, pela Polícia Militar, 30 suspeitos de integrar as ações; outras pessoas poderão ainda ser responsabilizadas na continuidade dos trabalhos.

As áreas de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar estão e continuarão debruçadas sobre o tema de forma diuturna. A Polícia Civil também já está com investigações em curso e, o Corpo de Bombeiros, atendendo imediatamente todas as ocorrências que permanecem felizmente sem vítimas.

Entretanto, apesar de entender todo o desejo de mais detalhes oriundos da imprensa, é imprescindível o sigilo das ações e investigações que estão sendo desenvolvidas, potencializando, desta forma, o objetivo final que é o esclarecimento dos fatos para a sociedade.

A Polícia Federal e o Gabinete Militar do Governador também foram envolvidos neste esforço de resolução dos eventos. Na manhã desta segunda-feira (4/6), ambas as instituições se juntaram à Sesp, Seap, PM, PC e Bombeiros em uma reunião estratégica para tratar do tema, realizada com a presença do governador.

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(Fonte: Agência Brasil)

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