Vingança pode ter motivado chacina na zona rural de Itaipé, no Vale do Mucuri

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Um caso amoroso apimentado por vingança pode ser a origem da chacina que vitimou uma criança e quatro adultos de uma mesma família, na madrugada de segunda-feira (15/01/2018), no Córrego Boa Sorte, zona rural de Itaipé, no Vale do Mucuri. Testemunhas relataram aos investigadores que o acusado dos disparos, José Nilson Moreira de Jesus, de 34 anos, teria “se envolvido, no passado”, com a mulher de um homem identificado como Rogério, tio do menino assassinado e que, atualmente, mora em São Paulo.

Testemunhas não souberam precisar a data em que José Nilson “se envolveu” com a mulher do desafeto, mas disseram aos policiais que, “no passado”, Rogério ficou indignado com a investida de outro homem contra sua esposa e tentou matá-lo a tiros. Nenhum disparo acertou o alvo.

Na madrugada passada, José Nilson teria decidido se vingar. Segundo as testemunhas, ele disse em data anterior à chacina que se o desafeto não voltasse para Itaipé para resolver o problema dos dois, ia matar a família dele.

O suspeito foi à fazenda em que os pais de Rogério moravam e matou cinco pessoas, entre elas o menino de sete anos, neto do casal mais velho. O corpo do pequeno Lucas Coelho Batista foi localizado na sala com um tiro na altura do coração.

No mesmo cômodo, morreram os pais dele – Anália Coelho dos Santos, de 26, e Pierre Luiz dos Santos, de 38 – e a avó materna, Rosane Aparecida Braz, de 55. O corpo do avô – Geraldo Coelho dos Santos, de 56 – foi encontrado na cozinha.

Um garoto de dez anos, irmão mais velho do menino de sete, escapou da chacina ao se esconder debaixo da cama. Depois, correu para a casa da tia, vizinha à dele, e relatou o desespero. A mulher pegou o sobrinho e fugiu para a mata.

Assim que amanheceu, ela acionou a polícia. Os investigadores ouviram o relato do garoto e prenderam o suspeito, que nega a autoria do quíntuplo homicídio. Na residência de José Nilson, encontraram uma bermuda suja de sangue. Uma amostra foi encaminhada à análise da perícia técnica. Ele é suspeito de outros nove homicídios na região.

Em seguida, os policiais foram à fazenda. Encontraram 16 estojos de 380, oito munições do mesmo calibre, um telefone celular e três espingardas de fabricação caseira. O crime bárbaro é investigado pela Polícia Civil.

Casa onde as vítimas foram encontradas (Foto: Divulgação/PM)

Suspeito do crime foi preso e negou os assassinatos (Foto: Divulgação/PM)

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(Com R7 e Record Minas)

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