“Eu cheguei e encontrei ela sufucando, o fogo já estava apagado, também fiquei sufocada procurando ela, e encontrei ela no cantinho”, disse Rosângela Souza Barbosa, de 38 anos, mãe de Maria Rita Barbosa Souza, de 5 anos.
A menina é uma das sobreviventes da tragédia que matou sete crianças e uma professora de uma creche em Janaúba (MG), na quinta-feira (5/10/2017). O vigia do local, Damião Soares dos Santos, de 50 anos, ateou fogo nos atendidos pela unidade educacional e depois nele mesmo. Ele morreu no hospital, cinco horas após cometer o crime.
A empregada doméstica Andrea Rodrigues Monção, de 33 anos, conta que o filho está na creche há seis meses. Kaio Phierre dos Santos, de 2 anos e 11 meses, estava na sala do maternal e também sobreviveu ao ataque do vigia. “Eu estava no serviço, quando me ligaram e disseram ‘corre, Andréa, que só tem menino morto no chão'”, disse a mãe de Kaio.
Ela conta que chegou no local e viu o filho sentado no chão, chorando. “Ele me abraçou e disse ‘desculpa mãe, desculpa mãe, o homem correu atrás de nós cheio de fogo’.”
Weberty Kaique dos Anjos Dias, de 3 anos, e Ítalo Raique dos Anjos Dias, de 1 ano e 11 meses, são irmãos e estavam no berçário da creche no momento do ataque. Eles foram socorridos, mas na madrugada desta sexta-feira (6) precisaram voltar ao hospital, por terem inalado fumaça tóxica. A mãe deles, Patrícia Dias de Oliveira, de 22 anos, está grávida de oito meses e conta como recebeu a notícia.
“Eu estava em casa, meu marido estava trabalhando. Cheguei e já vi meus filhos assustados. Hoje sinto um alívio no coração por eles, mas uma tristeza pelos outros pais. É uma ferida que nunca vai passar”.
Eliane Ramos Dias é mãe de Murilo, de 3 anos. Ele também está em observação por ter inalado fumaça tóxica. “Voltei com ele para o hospital porque ele estava muito sonolento e com os batimentos cardíacos baixos. Eu não sei quem tirou ele da creche, só sei que ele estava muito assustado, chorando. Foi desesperador. Mas só tenho a agradecer a Deus por ele estar, mas ao mesmo tempo muito triste pelos coleguinhas”, disse.
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(Fonte: G1 Grande Minas / Repórteres: Adriana Lisboa e Juliana Peixoto)