Funcionários do Núcleo Assistencial Caminhos Para Jesus, entidade que ajuda crianças carentes portadoras de deficiência e que depende de doações para se sustentar, presenciaram uma cena inusitada na noite de segunda-feira (28/08/2017). Um investigador da Polícia Civil (PC), de 42 anos, usou a praça em frente à instituição para tentar queimar cerca de R$ 30 mil em dinheiro em uma fogueira.
A Polícia Militar (PM) foi acionada por seguranças do local, que fica na rua José Ferreira Magalhães, no bairro Floramar, na região Norte de Belo Horizonte, por volta das 22h30. Quando os militares chegaram, o policial, que é lotado na Delegacia Adida ao Juizado Especial Criminal, se identificou como investigador e alegou que queimava a quantia por ela não lhe pertencer, uma vez que era proveniente de corrupção, “dinheiro sujo, ilícito”.
Ele portava duas garruchas calibre 762 com munição de festim, sendo que o suspeito não apresentou nenhum registro das armas de fogo. O suspeito chegou a queimar diversos maços de notas de R$ 100 e R$ 50 e, segundo a PM, a quantia totalizava R$ 29.500. A equipe Delta de Pronta Resposta da PC foi acionada e acompanhou o registro da ocorrência, tendo constatado que o servidor da corporação aparentava estar com surto psicológico.
Diego Vinícius, 31, que é coordenador de segurança do Núcleo Assistencial, diz acreditar que o valor era ainda maior, já que ele ficou cerca de 20 minutos queimando as notas antes da chegada dos militares. “Os nossos vigias chegaram para conversar com ele, mas ele disse que não queria ajuda, mas achamos melhor acionar a polícia. Ele só falava que foi Jesus quem mandou ele fazer aquilo”, detalha.
Ainda segundo o homem, todos ficaram muito surpresos ao presenciar a situação. “Em uma crise como essa que estamos vivendo. Principalmente por ele fazer isso em frente da nossa instituição, que depende de doações para se manter”, concluiu.
O investigador foi encaminhado para a Central de Flagrantes I, no bairro Floresta, na região Leste de BH, uma vez que o ato de destruir dinheiro, que é considerado uma propriedade da União, é um crime previsto na Constituição e que tem pena de 6 meses a 3 anos de prisão.
Nota da Polícia Civil
Por meio de nota, a Polícia Civil confirmou o registro do caso e disse que foi instaurado um procedimento para averiguar a conduta dele. Leia na íntegra:
“Em resposta à solicitação da imprensa, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) esclarece:
Na noite de ontem (28), a PCMG foi acionada para atender uma ocorrência que envolvia um policial civil, o qual estaria queimando objetos pessoais e supostas cédulas de dinheiro.
Ele foi encaminhado à Central de Flagrante I, onde foi instaurado procedimento para averiguar sua conduta. O policial foi encaminhado a um hospital psiquiátrico para acompanhamento clínico.
As investigações seguem em andamento na 3ª Delegacia de Venda Nova.”
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(Com informações de O Tempo e Estado de Minas)