Vira e mexe a vida surpreende com histórias incríveis. Uma delas se desenrolou nos últimos dias e envolveu diretamente a itabirana Simonete Brum. Há pouco mais de um ano, ela conheceu na internet o colombiano Edinson Cañate Gonzalez e os dois engataram um romance virtual. No fim de maio, o homem deixou seu país de origem para vir morar com a amada em Itabira, mas viveu um verdadeiro tormento até chegar à casa dela. Assalto, desencontros, condições insalubres, falta de informações. E uma inestimável ajuda da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Edinson viajou da Colômbia até Manaus de barco pelo rio Amazonas. O traslado durou 15 dias. De lá, pegou outra embarcação para Belém. Ao desembarcar na capital do Pará, no dia 14 de junho, foi assaltado logo ao descer no Porto da Estação das Docas e não conseguiu seguir sua viagem para Minas Gerais.
Sem ter para onde ir, o colombiano caminhou mais de 20 km até chegar ao posto da PRF, na rodovia BR-316, em Ananindeua. Chegou ao local sujo, com fome e com febre. Ele apresentou seus documentos, inclusive o passaporte, que escaparam da ação do assaltante por estarem em uma bolsa de mão.
Agentes da PRF usaram redes sociais para ajudar colombiano (Foto: Ascom/PRF)
Aflição
Enquanto toda essa jornada se desenrolava, Simonete passa por maus bocados em Itabira. Sem notícias do namorado, ela passou dias sem dormir, sentiu-se mal e chegou a tomar até remédio contra depressão. “Quando ele não conseguiu mais contato comigo, eu passei muito mal. Me senti culpada, fiquei achando até que ele tinha caído no rio”, contou a itabirana ao site G1.
O casal perdeu contato após o assalto em Belém e Simonete só teve notícias quando um agente da PRF lhe telefonou para contar sobre o paradeiro do colombiano.
Os policiais federais colaboraram diretamente para que os dois se encontrassem. Como o colombiano não fala português, os agentes usaram as redes sociais para confirmar a versão apresentada pelo homem. Através do Facebook e via celular, os rodoviários contataram Simonete em Itabira e também falaram com a família do estrangeiro na Colômbia. Sem conseguir auxiliar Edinson pelos meios formais, os policiais organizaram uma vaquinha para arrecadar dinheiro e embarcar o homem em um ônibus para Minas Gerais. A viagem aconteceu no dia 16.
Simonete e Edinson em Itabira (Foto: Ascom/PRF)
A recepção
Simonete conta que pediu a sua filha, que mora em Belo Horizonte, para esperar por Edinson na rodoviária. Chegando lá, ela foi informada que não havia nenhum ônibus vindo de Belém. “Chorei muito e desisti da nossa história por alguns segundos, perdi a fé. Foi quando um homem me ligou e pediu pra eu esperar. Edinson já estava aqui!”, diz. O colombiano pediu um telefone emprestado e entrou em contato, já que teve dificuldades de usar o telefone do Pará em Minas Gerais.
Edinson chegou a Itabira no domingo, 18 de junho, e foi recebido com festa.
“Eu ainda estava de pijama. Me arrumei o mais rápido e fui correndo. Quando eu cheguei na rodoviária e vi ele, não aguentei. Foi muito bonito. Foi um presente de Deus”, diz. “Estamos muito bem, fiz um pato pra ele no almoço. A família dele já está sabendo que está tudo resolvido. Agora é construir nosso futuro”, comemora.
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(Com informações do G1 e DeFato)