Não é de hoje que se falam sobre as propriedades medicinais e terapêuticas oriundas do banho de mar. Há 25 séculos, o poeta grego Euripedes já dizia: “O mar cura as doenças dos homens”;
A vida nasceu no mar. Nele se formaram as primeiras células que deram origem aos primeiros organismos em nosso planeta. Coincidência ou não, o plasma do ser humano assim como de outros mamíferos tem uma composição semelhante à da água marinha.
Tantas coincidências à mesa foram o estopim para que em 1903 o biólogo René Quilton substituísse pequenas quantidades de sangue por água do mar para salvar um cachorro. Tal feito reforça que os elementos da água marinha têm propriedades eficazes quando colocados em contato com o organismo.
A palavra talassoterapia vem do vocabulário grego thalassa (mar) e therapeia (terapia) e constitui um tratamento que utiliza água do mar, o clima marinho e os seus derivados (algas, esponjas, corais) para prevenção ou auxílio à cura de doenças do corpo e da mente.
A procura de terapias alternativas e naturais aumentou consideravelmente nos últimos anos. A eterna busca da redução do estresse, da ansiedade e melhoras na relação com o trabalho. Através de um simples banho de mar, a talassoterapia difunde uma forma diferente de cuidar da saúde e prevenir doenças de diferentes tipos. E, embora muitas pessoas procurem destinos paradisíacos para desfrutar de tais benefícios em águas cristalinas, como as de muitas ilhas do arquipélago das Bahamas, qualquer cidade com litoral pode ser destino para quem quiser praticar essa terapia alternativa.
O número de doenças sobre as quais pode-se usar a talassoterapia é extenso, porém, algumas constituem o principal intuito pelo qual a terapia é indicada: doenças crônicas do sistema respiratório, constipações, problemas de circulação sanguínea, artrite, osteoporose, reumatismo, e até mesmo ansiedade, insônias e depressão. Com efeito analgésico ela diminui a dor no corpo e auxilia em pós-operatórios.
Diversas técnicas de talassoterapia podem ser aplicadas dependendo o problema a tratar ou prevenir. Todos os elementos do ambiente marinho são transmitidos por osmose na pele do paciente, seja através de sessões de massagem, banho ou contato. A mudança térmica, a massagem provocada pelo movimento da água e o ar puro favorecem a absorção dos minerais pela pele, intensificando os resultados, que após 7 dias de tratamento continuo já podem ser sentidos.
Porém, o tratamento deve ser sempre supervisionado por um médico especialista, já que a talassoterapia é contraindicada em algumas doenças específicas como infecções, alergias, problemas cardiorrespiratórios e hipertireoidismo.
“A técnica a utilizar, o calor dos banhos e dos duches, a sua força, a localização e a duração devem ser escolhidos após um exame médico prévio que determine com precisão a doença em causa, estabelecendo o tratamento a aplicar”, refere o Dr. António Ramos.
Diversos centros oferecem serviços de talassoterapia, porém optar sempre por aqueles localizados em ambiente marinho e com equipe devidamente qualificada é a melhor pedida. Depois é só preparar seu traje de banho e aproveitar esse banho de bem-estar e saúde.
