Nova administração de Belo Horizonte anuncia corte de 2.800 cargos comissionados

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Pelo menos 2.800 cargos comissionados serão extintos em Belo Horizonte, informou na tarde deste domingo (1º de janeiro de 2017), logo após ser empossado, o vice-prefeito Paulo Lamac. As exonerações estarão publicadas no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (2). Além disso, o primeiro ato do prefeito Alexandre Kalil será enviar à Câmara Municipal uma proposta de reforma administrativa.

“Ainda é um processo de reordenamento do município. Para além da economia, é uma demonstração clara de que precisamos economizar, reduzir a função meio do Estado, para que o recurso público realmente seja destinado à população”, afirmou o vice-prefeito.

Em relação ao número de secretarias, Lamac disse que deve ficar em 13, mas “agora vamos fazer os ajustes necessários, não apenas com relação às secretarias, mas também às secretarias adjuntas e aos demais cargos comissionados”.

Uma das cobranças de manifestantes durante a cerimônia de posse do prefeito e dos vereadores, neste domingo, no teatro Francisco Nunes – a Câmara está em obras –, foi em relação ao aumento de salário das duas classes. Questionado a respeito, Lamac foi cauteloso. “Isso foram atos da administração que deixou. Vamos estudar sobre o impacto e realmente precisamos tomar conhecimento mais aprofundado desses assuntos antes de qualquer manifestação”, ponderou.

Kalil toma posse e pede juízo aos vereadores

Alexandre Kalil (PHS) tomou posse na tarde de hoje (1°) como novo prefeito de Belo Horizonte, juntamente com seu vice Paulo Lamac (Rede). Também foram empossados os 41 vereadores que irão compor a Câmara Municipal pelos próximos quatro anos. A cerimônia teve início às 14h no Teatro Francisco Nunes, no centro da capital mineira.

Em seu discurso, o novo prefeito declarou estar firme e obstinado para cumprir as promessas que apresentou durante a campanha. Ele disse que pretende governar com todos os vereadores, mas fez uma cobrança direta aos novos integrantes do legislativo. “Governar para quem precisa é governar abrindo mão de cargos, empregos e gastos desnecessários. (…) Todo o dinheiro dessa prefeitura não será canalizado para troca de favores. Então eu peço aos vereadores muito juízo. Todos nós precisamos de muito juízo. Nós vamos reformular a política dessa cidade”, disse.

No mês passado, Kalil anunciou seu secretariado. Sua gestão terá uma redução de 22 para 13 secretarias. Entre os nomes de primeiro escalão, estão pessoas com quem ele trabalhou no Atlético-MG, clube que presidiu entre 2008 e 2014. O atual presidente da agremiação, Daniel Nepomuceno (PPS), será secretário de Desenvolvimento.

Apesar das críticas à atual gestão, Josué Valadão foi mantido no comando da pasta de Obras e Infraestrutura. A urbanista Maria Fernandes Caldas, ex-diretora do Ministério do Planejamento durante a presidência de Dilma Rousseff (PT), ficará na Secretaria de Serviços Urbanos. E há também nomes que trabalharam com o ex-governador mineiro Antônio Anastasia (PSDB), como o sociólogo Cláudio Beato, que assume a pasta da segurança pública.

Kalil foi eleito prefeito com 52,98% dos votos válidos no segundo turno, superando o deputado estadual João Leite (PSDB). “A população deu uma resposta contundente nas urnas, elegendo um prefeito que nunca havia participado de uma eleição e reformando em 60% a câmara dos vereadores”, afirmou, arredondando o número. A taxa de renovação no legislativo municipal foi, na verdade, de 56%.

O novo prefeito disse ainda que tem muitos defeitos e poucas qualidades, mas que entre elas estão a palavra e a lealdade. Durante o discurso, um grupo de presentes na cerimônia gritou palavras de ordem pedindo a Kalil para não despejar a Ocupação Izidora, na região norte da cidade, e para revogar o aumento das passagens de ônibus. Na semana passada, a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) anunciou que as tarifas saltarão de R$3,70 para R$4,05 a partir do dia 3 de janeiro.

Cobrança

Kalil seguiu para a cerimônia de transferência do cargo na prefeitura de Belo Horizonte, com a presença de Márcio Lacerda (PSB), que terminou seu mandato ontem (31). O governador mineiro Fernando Pimentel (PT) também compareceu, mas não discursou e nem falou com a imprensa.

Em mais um breve discurso, Kalil disse que sua equipe pode falhar, mas irá tentar fazer o melhor. Aproveitando a presença de Pimentel, ele cobrou a atenção. “Precisamos do governo. Precisamos muito. Sabemos da crise que o estado passa, mas sabemos também da importância dessa que é a terceira maior capital do país”.

Vereadores

Os 41 vereadores eleitos também tomaram posse após prestarem juramento lido por Áurea Carolina (PSOL), a mais votada. Após a cerimônia, foi escolhida a nova mesa diretora. Em uma disputa com três candidatos, Henrique Braga (PSDB) foi reconduzido como presidente da Câmara Municipal. Ele já ocupava o cargo desde o início de dezembro, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu o mandato de vereador do então presidente Wellington Magalhães (PTN).

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(Fonte: Rádio Itatiaia e Agência Brasil)

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