O Ministério das Relações Exteriores vai ajudar a agilizar o traslado do corpo da estudante mineira Laís Moreira Martins, de 25 anos, que morreu no último domingo (04/12/2016) em Buenos Aires, na Argentina. Por meio de nota, o órgão informou que o Consulado-Geral já está auxiliando a família da jovem junto com as autoridades locais para expedir documentos, como a certidão do óbito. A preocupação dos parentes da vítima era com o prazo dado por autoridades argentinas, que dava 70 dias para liberar o corpo. O prazo não foi estipulado pelo Ministério.
O sonho da jovem mineira foi interrompido no último domingo. A estudante, que cursava medicina no país vizinho, morreu depois de passar mal no apartamento em que morava. Ela chegou a ser levada a um hospital, mas não resistiu.
A estudante estava há dois anos em Buenos Aires onde cursava medicina. Segundo a família, um sonho da jovem. No último fim de semana, começou a se sentir mal. “Na noite de sábado, começou a ter febre de 40 graus e dores no corpo. A febre continuou alta até a manhã seguinte. Laís acordou com muita sudorese, apresentou vômitos e falta de ar”, explicou a fisioterapeuta Camila Campanha Moreira, de 36, tia da garota.
Por causa do estado de saúde, uma amiga que mora no mesmo apartamento a levou para o hospital. “Elas chegaram por volta das 13h. Os médicos fizeram de tudo para não entubá-la. Porém, ela acabou tendo duas paradas cardíacas. Por isso, tiveram que entubar. A morte foi constatada por volta das 16h30. Então, foi tudo muito rápido”, disse Camila Moreira.
De acordo com a tia de Laís, a jovem não apresentava nenhum problema de saúde. As causas da morte ainda estão sendo investigadas. “O corpo está em um local como se fosse um IML (Instituto Médico Legal) para fazer a investigação, pois saiu do hospital como causa da morte indefinida. Hoje (terça-feira), disseram que ela teve um edema cerebral e que a causa da morte seria infecção generalizada. Mas não sabem onde que começou”, comenta Camila.
A mãe da jovem foi para a Argentina ainda no domingo, mas teve dificuldades. Segundo Camila, as autoridades do país vizinho pediram 70 dias para a liberação. “Para se ter ideia, minha irmã, que é a mãe dela, ainda não conseguiu ver o corpo. É um absurdo o prazo que estão pedindo”, disse. Os familiares também tentam mobilizar por meio das redes sociais o maior número de pessoas para ajudar nos custos do traslado do corpo. O valor estimado para o processo é de aproximadamente R$ 30 mil, segundo a família. As pessoa que quiser fazer doações, podem enviar para a conta do Banco do Brasil, agência 5818-1, conta corrente 26263-3. Ela é da mãe de Laís, Andreia Campanha Moreira.
O Ministério das Relações Exteriores afirmou que já está dando apoio aos familiares de Laís, “inclusive no que se refere à expedição de documentos (como certidão de óbito) junto às autoridades locais, levantamento de orçamentos junto a funerárias e outras providências relacionadas à agilização do translado do corpo”. “Esclarecemos, ainda, não existir previsão orçamentária ou legal para o custeio do translado de corpos de nacionais brasileiros falecidos no exterior”, afirmou.
Mineira morreu depois de passar mal em apartamento (foto: Facebook/Reprodução)
(Fonte: Estado de Minas)