Diretor-Geral do SAAE de Governador Valadares e outras sete pessoas são presos em operação da PF

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Oito pessoas foram presas temporariamente na manhã desta segunda-feira, 11 de abril, durante a Operação Mar de Lama da Polícia Federal (PF). Eles são investigados em um esquema, que segundo informações divulgadas pela PF, desviou R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos do município de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. A prisão dos funcionários públicos e sócios de empresas foi decretada pelo Juiz Federal Társis Augusto de Santana Lima, da Subseção Judiciária de Governador Valadares da 2ª Vara Federal.

Cerca de 260 policiais federais e 24 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram oito mandados de prisão temporária, 63 mandados de busca e apreensão e 20 ordens de afastamento de funções públicas, sendo oito contra vereadores.

Foram presos:

Omir Quintino Soares (Diretor-geral do SAAE de Governador Valadares);

Vilmar Rios Dias Júnior (Diretor-adjunto do SAAE de Governador Valadares);

Seleme Hilel Neto (que à época das dispensas de licitação investigadas era o Secretário Municipal de Serviços Urbanos da Prefeitura de Governador Valadares);

Juliana de Oliveira Alves Melo (Diretora do Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura de Governador Valadares)

Carlos Helder Lazaro (Sócio da empresa Fejoli Florestal LTDA-ME);

Emílio Cláudio Alvarenga Rios (Sócio oculto da empresa Fejoli Florestal LTDA-ME);

Djalma Florêncio Diniz (Sócio nas empresas Pavotec – Pavimentação e Terraplanagem LTDA e DPARK Serviços de Estacionamento LTDA, responsáveis pelo recolhimento de lixo em Governador Valadares);

Djalma Florêncio Diniz Júnior (Sócio nas empresas Pavotec – Pavimentação e Terraplanagem LTDA e DPARK Serviços de Estacionamento LTDA, responsáveis pelo recolhimento de lixo em Governador Valadares).

Omir Quintino Soares foi afastado do cargo de diretor-geral do SAAE e teve prisão preventiva decretada pela Justiça Federal (Foto: Reprodução / Inter TV dos Vales)

A Justiça Federal também decretou o afastamento de oito vereadores. São eles:

– Ricardo Assunção [eleito pelo PTB]

– Anania Paula da Silva, o Ananias Camelô [eleito pelo PSB]

– Geovanne Honório da Silva, o Geovanne Honório [eleito pelo PT]

– Gledston Gomes de Araújo, o Glêdston Guetão [eleito pelo PT]

– Levi Vieira da Silva, o Levi Presidente [eleito pelo PMN]

– Marinaldo Carlos de Amorim, o Zangado [eleito pelo PTC]

– Sezary de Oliveira Alvarenga, o Cezinha Alvarenga [eleito pelo PRB]

– Milvio Jose da Silva, o Milvinho [eleito pelo PSL]

Também foram afastados os funcionários públicos:

– Omir Quintino Soares (Diretor-geral do SAAE de Governador Valadares);

– Vilmar Rios Dias Júnior (Diretor-adjunto do SAAE de Governador Valadares);

– Juliana de Oliveira Alves Melo (Diretora do Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura de Governador Valadares)

– Jefferson Santos Lima (Diretor de Gestão de Rec. Humanos SAAE de Governador Valadares);

– Evandro Karister Mendes de Azevedo (Funcionário do SAAE de Governador Valadares);

– Schinyder Exupery Cardozo (Procurador-Geral do Município);

– Ranger Belisário Duarte Viana (Secretário Municipal de Governo da Prefeitura Municipal de Governador Valadares);

– Darly Alves de Souza (Secretário Municipal de Obras da Prefeitura Municipal de Governador Valadares);

– Ofreu brandão Perim (Diretor do Dep. de Obras e Sistema Viário da Prefeitura Municipal de Governador Valadares);

– Marco Rodrigo Rios Bertolacini (Secretário Municipal de Serviços Urbanos da Prefeitura Municipal de Governador Valadares);

– Marcos Antônio Vória (Diretor de Dep. de Serviços Funerários e Cemitérios da Prefeitura Municipal de Governador Valadares);

– Alexandre Magno de Faria Mendes (Diretor de Dep. de Obras e Serviços da Prefeitura Municipal de Governador Valadares);

Justiça Federal determinou o afastamento dos oito vereadores acima. O vereador Levi Presidente já se encontra afastado de suas funções devido à prisão por envolvimento com tráfico de drogas em 2016 – Foto: Montagem Aconteceu no Vale com fotos da Câmara Municipal de Governador Valadares

Operação Mar de Lama

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 11 de abril, a Operação Mar de Lama, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa instalada na Prefeitura Municipal de Governador Valadares e no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) do município.

O grupo criminoso, responsável por fraudes de R$ 1,5 bilhões, era composto por agentes públicos do alto escalão da administração pública municipal e financiado por empresários contratantes com o serviço público. A Operação conta com o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

Cerca de 260 policiais federais e 24 auditores da CGU estão cumprindo oito mandados de prisão temporária, 63 mandados de busca e apreensão, 20 ordens de afastamento de funções públicas (oito delas contra vereadores da Câmara Municipal de Governador Valadares, além de 17 determinações de bloqueios de bens e valores.

A atuação do grupo criminoso iniciou-se em decorrência dos alagamentos causados pelas chuvas torrenciais que atingiram a cidade de Governador Valadares e causaram grande destruição no município, no terceiro trimestre de 2013.

Diante da situação de exceção, o poder executivo local decretou estado de emergência no município, visando à captação de recursos financeiros de outros entes federativos para a realização de obras e serviços para atenuar os efeitos negativos do fenômeno climático.

Contudo, conforme foi apurado, a organização criminosa se aproveitou da situação para fraudar procedimentos de concorrência pública, por meio dos quais tais recursos foram gastos, fazendo com que, em janeiro de 2015, fossem iniciadas as investigações para apurar a responsabilidade criminal dos envolvidos.

A PF, no decorrer do trabalho, levantou indícios de que a quadrilha tenha praticado pelo menos 150 crimes: oito de dispensa de licitação com inobservância das formalidades pertinentes; três crimes de fraude ao caráter competitivo de licitações; três crimes de peculato; 64 crimes de corrupção passiva; 64 crimes de corrupção ativa; três crimes de falsidade ideológica; um crime de violação de sigilo funcional; dois crimes de advocacia administrativa; um crime de organização criminosa e um crime de associação criminosa. Os principais envolvidos estão sujeitos a penas que podem chegar a até 775 anos de prisão.

Mandados de prisão temporária

– Governador Valadares – 5
– Belo Horizonte – 2
– Jequeri – 1

Mandados de busca e apreensão

– Governador Valadares – 47
– Belo Horizonte – 9
– Nova Lima – 2
– Esmeraldas – 1
– Jequeri – 1
– Castelo – 2
– Muqui (ES) – 1

Nome da operação

O nome da operação é uma referência aos alagamentos provocados pelas chuvas torrenciais que provocaram grande destruição em Governador Valadares, em 2013.

A Prefeitura Municipal de Governador Valadares, a Câmara Municipal e as empresas investigadas na operação ainda não pronunciaram. As investigações continuam.

4 COMENTÁRIOS

  1. É rir pra não chorar. Povinho baixo, o representante do povo, q sempre usou os meios de comunicaçoes pra se eleger e quando o fez, continuou a dizer q lugar de corrupto é na cadeia. Ai esta a chance dele morar uns bons anos por lá. Não é mesmo sr. Fabio assunção? Cara de pau.

  2. fico triste, em vez de representar o povo ficar usado o dinheiro para se beneficiar,quanta covardia, deveriam devolver todo o dinheiro confiscar tudo que eles tem e deixar eles tambem ser dependente de representante politicos. por isso que sou a favor de qualquer politico desde o presidente da repulblica ao vereador ter ser eleito uma vez so, não ter direito a reeileição.e nem cargos politicos.

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