Crimes contra o patrimônio sobem no primeiro bimestre de 2016

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O número de roubos consumados em Minas Gerais chegou a 21.808 na soma dos registros de janeiro e fevereiro de 2016, o que representou um crescimento de 32,19% em relação aos 16.498 casos acumulados no primeiro bimestre de 2015. O número de ocorrências de extorsões mediante sequestro dobraram, de 8 nos dois primeiros meses de 2015 para 16 no mesmo período deste ano. Essas duas naturezas de delitos fazem parte da chamada criminalidade violenta contra o patrimônio, segundo critérios do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp).

Fora dessa classificação, o crime de extorsão consumado teve queda de 43,48% no Estado, na comparação entre os primeiros bimestres de 2016 e de 2015. Foram 234 casos este ano, contra 414 no mesmo período de 2015. Já os furtos consumados tiveram alta de 8,63%, subindo de 49.215 registros no primeiro bimestre de 2015 para 53.569 de janeiro a fevereiro de 2016.

Belo Horizonte

A participação da capital no número e no crescimento de roubos consumados em Minas Gerais segue desproporcionalmente crescente. No primeiro bimestre de 2016, os 8.230 registros de roubos consumados em Belo Horizonte representaram 37,73% do total das ocorrências do Estado, que chegaram a 21.808, embora a cidade some pouco mais de 11% da população de Minas Gerais. Em 2015, a participação foi de 35,47%, com 5.852 casos sobre 16.498 registros no Estado. Não por acaso, o crescimento de roubos consumados no primeiro bimestre de 2016 em Belo Horizonte foi de 40,64%, contra 32,19% na média do Estado.

Nas extorsões mediante sequestro, Belo Horizonte também teve alta expressiva, de 3 para 8 casos, no primeiro bimestre de 2016, frente a igual período do ano passado. As ocorrências de crime consumado de extorsão recuaram fortemente, de 139 para 85 (-38,85%) na mesma base de comparação. Já os furtos cresceram 14,94%, de 9.601 para 11.035 registros na cidade.

A Polícia Militar destaca a prisão e a apreensão de 8.117 pessoas no primeiro bimestre deste ano na capital, como forma de combate aos crimes contra o patrimônio. Deste total de prisões, mais de 1.900 pessoas foram conduzidas pela corporação exatamente pela prática de roubos e furtos. De acordo com o Comando de Policiamento da Capital (CPC), a PM também está trabalhando para diminuição da circulação de armas de fogo. Nos dois primeiros meses do ano foram recolhidas 468 armas de fogo na capital – 25% a mais que no ano anterior, quando foram tiradas de circulação cerca de 350.

A PM destaca ainda outras estratégias de enfrentamento aos crimes de roubos em Belo Horizonte. De acordo com o CPC, a instituição tem realizado uma análise criminal diária para avaliar zonas quentes de reincidência deste tipo de crime para alocação das tropas. Também foi realizado, ainda em 2016, o deslocamento de cerca de cem militares da atividade administrativa para as ruas.

A Polícia Civil realizou alguns estudos para entender o modo de agir, área de atuação e quem são principais autores de roubos na capital.

“Em uma das gangues estudadas, verificamos que a maioria dos autores são de classe média e média-alta, que se revezam na execução dos crimes. Estamos chamando as vítimas à delegacia para nos auxiliar na identificação dos autores contumazes,” destaca a delegada Gislaine de Oliveira Rios.

Entre os municípios com participação relevante no número total de roubos do Estado, Contagem teve alta de 19,21% nos registros, de 1.827 para 2.178; e Betim, de 21,2%, de 990 para 1.200 ocorrências de roubos consumados na mesma base de comparação.

Crimes contra o patrimônio sobem no primeiro bimestre (Arte: Patrícia Ester)

(Fonte: Seds)

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