A partir do dia 13 de março de 2016 a Usiminas deixará de gerenciar as atividades no aeroporto de Santana do Paraíso, no Vale do Aço. Com a medida, o aeroporto deverá ficar fechado até que outro operador tome posse.
A Usiminas informou, por meio de nota, que “o agravamento da crise de demanda no mercado siderúrgico, tornou-se inviável continuar mantendo o aeroporto, uma que a atividade desvinculada de seu negócio-fim”.
Nos últimos cinco anos, “o aeródromo representou para a Usiminas despesas de 220% superiores às receitas”. A empresa ainda alega ter tentado, por três anos, manter contato com o ” Poder Público para que se chegasse a um novo modelo de gestão para a área”, mas, ao fim desse período, ela afirma ter chegado ao limite de sua possibilidades financeiras em relação ao aeroporto.
Aeroporto da Usiminas deve ser fechado em março – Foto: Site Socicam
Anac
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) explicou que a falta de um operador aeroportuário impossibilita a abertura do aeroporto ao tráfego aéreo e a realização de operações no sítio aeroportuário. As companhias Azul e Flyways, que operam voos no local, precisarão suspender suas atividades até que um novo operador assuma a posição.
Ainda segundo a Anac, os “passageiros que já comprar bilhetes para voar após a suspensão das operações poderão optar entre ser acomodados em voos anterior ao fechamento do aeroporto, caso estejam disponíveis e conforme a conveniência do passageiro, ou pelo reembolso integral dos trechos não executados”.
A agência nacional afirma que irá monitorar e fiscalizar os procedimentos realizados pelos operadores na prestação de assistência aos passageiros.
Serviço
A Anac orienta os passageiros que se sentirem prejudicados ou que tenha seus direitos desrespeitados a procurar a empresa aérea contratada. “Se as tentativas de solução do problema pela empresa não apresentarem resultado, o usuário poderá encaminhar a demanda à ANAC para análise do caso e eventual aplicação de penalidade às companhias por descumprimento de norma. Para reivindicar algum tipo de reparação, o usuário deve procurar os órgãos de defesa do consumidor e o Poder Judiciário”, encerrou a nota da agência.
Empresas aéreas
A Azul informou que, também por enquanto, não ter tomado nenhuma medida em relação ao assunto. A empresa espera um possível acordo entre a prefeitura da cidade e a Anac até o fim de semana para se posicionar. A empresa aérea Flyways ainda não se pronunciou.
Executivo
A prefeitura não irá se pronunciar sobre o assunto ainda. Porém, uma fonte ligada ao executivo afirma que a administração tenta um acordo com o governo do Estado e com empresas privadas para tentar encontrar um meio de evitar o fechamento do aeroporto.
Estado
No dia 29 de fevereiro ocorrerá no Plenário do Prédio Minas da Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde, em Belo Horizonte, uma audiência pública para tratar sobre o assunto.
(Fonte: O Tempo / Repórter: Camila Kifer)
