Polícia prende quinto suspeito de matar funcionário da SAAE em Governador Valadares

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Um ajudante de pedreiro de 22 anos foi preso nesta quinta-feira (11/02) como sendo o quinto integrante do bando que matou o servidor público municipal de Governador Valadares, Terence Henrique Silva, de 45 anos. A intenção dos criminosos era se divertir no Carnaval da Bahia com o carro e o dinheiro da vítima.

O suspeito já havia trabalhado na casa do gerente de informática do Serviço Autônomo de água e Esgoto (Saae) e contava com a confiança da vítima que costumava deixar as chaves do imóvel com ele para a realização de pequenos reparos e consertos. A residência fica no bairro Caravelas, mesma região onde vivem os acusados.

Segundo o delegado regional Bernardo Pena Sales, o ajudante não participou do sequestro e da execução, mas repassou aos quatro adolescentes, com idades entre 15 e 17 anos, informações da rotina e condição econômica de Silva, que era proprietário de um Ford Fusion blindado, avaliado em R$ 120 mil. Como pagamento, ele queria uma televisão de tela curva que Silva tinha em casa.

O ajudante chegou as ser ouvido como testemunha logo após o desaparecimento, no sábado (6), e foi liberado. Mas durante as investigações, a polícia descobriu que o servidor não sabia, mas já havia sido alvo dos adolescentes que entraram na casa dele há dois meses e furtaram vários objetos, usando as chaves que o ajudante de pedreiro guardava.

“Encontramos dois relógios da vítima na casa de um deles”, revela o delegado. A polícia também descobriu que os adolescentes são os mesmos que em outubro do ano passado sequestraram um oficial de justiça de Mucuri (BA) para ficarem com o carro dele, um Cruze seminovo. O oficial conseguiu fugir ileso.

O bando ainda está envolvido em outros casos de furtos e roubo de veículos na Bahia e Minas Gerais.

“O foco desse grupo são carros mais valiosos, que eles chamam de nave”, conta o delegado Cleriston Amorim, revelando que o grupo monitorou Terence por três dias e o abordou na garagem de casa, quando ele saia para viajar, por volta das 8 horas de sábado (6). Eles usaram um canivete e um simulacro de revólver para dominá-lo.

O servidor foi morto por estrangulamento e o corpo abandonado numa estrada vicinal em Frei Inocêncio, no mesmo dia.

Os bandidos usaram uma correia dentada de carro e o próprio cinto de Silva para asfixia-lo. Antes, porém, ele foi torturado para informar as senhas dos cartões de crédito: com as mãos amarradas para trás, teve os dois pulsos cortados e a cabeça deformada por um extintor.

O delegado Douglas Ferraz, que também participa das investigações, define os adolescentes como frios e de alta periculosidade. Segundo ele, a intenção dos menores, desde o início, era matar o servidor, ele reagindo ou não, porque sabiam que seriam reconhecidos por ele. “O latrocínio foi planejado”, enfatiza.

Os quatro suspeitos do crime foram presos na terça-feira (9) em Mucuri depois que alguns moradores, alertados por familiares pelas redes sociais, viram o carro do gerente circulando pela região. Nenhum dos quatro adolescentes é habilitado. Eles foram encontrados se divertindo em um bloco de Carnaval.

Desaparecimento

A polícia foi avisada sobre o desaparecimento de Terence depois que namorada do servidor foi até a casa dele e encontrou a mala que ele levaria na viagem e outros pertences revirados. Ainda no sábado (6), uma bolsa contendo vários documentos de Silva foi encontrada às margens da BR-418, em Teófilo Otoni.

O bando usou o cartão de crédito da vítima para abastecer o carro, comprar roupas, bebidas e pagar a pousada onde ficaram. A intenção do grupo era vender o carro do servidor logo após a folia. O corpo foi enterrado na quarta-feira (10).

Professor

Segundo o delegado regional, Bernardo Pena Sales, a policia não vê ligação entre o bando e o desaparecimento do professor Nelcino Rodrigues Valentim, de 50 anos.

O professor foi visto pela última vez deixando uma lanchonete da Avenida Brasil, no início da madrugada do dia 29 de dezembro de 2015.

De acordo com a família, o professor saiu de casa para trabalhar em seu carro Fox 1.6 prata, de placa HMD-5256 e após sua última aula, às 22h20 daquela terça-feira (29), em um colégio da rua Marechal Floriano. O carro dele também não foi encontrado.

(Fonte: Hoje em Dia – Repórter: Ana Lúcia Gonçalves)

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