Ipatinga reduz em 56% a infestação geral do mosquito da dengue

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O trabalho permanente das equipes da seção de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Ipatinga tem surtido resultados significativos. Nos últimos seis meses, o município reduziu em 56,2% a infestação geral do mosquito transmissor da dengue. O último Levantamento de Índices Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) apurado esta semana foi de 1,3%. Os estudos anteriores feitos em janeiro e março apontaram focos de dengue 2,6% e 2,9% respectivamente dos locais vistoriados.

O bom resultado do município é fruto da atuação rotineira dos agentes de endemias no controle e, principalmente, prevenção da doença. Este ano, a Secretaria de Saúde de Ipatinga também tem apostado na ampliação de ações de educação ambiental e em saúde, com reuniões e palestras nas associações comunitárias, unidades de saúde, escolas, empresas e eventos diversos. Nos últimos dois meses, foram realizados pelo menos 15 eventos deste tipo.

“As nossas equipes visitam todas as residências, lotes e equipamentos públicos pelo menos uma vez a cada dois meses. Mas a prevenção da dengue requer cuidados simples, mas rotineiros. Por isso, estamos cada vez mais próximos da comunidade, relembrando as orientações sobre os potenciais criadouros do mosquito e como eliminá-los de dentro de suas casas”, pontua a gerente da seção de Controle de Zoonoses de Ipatinga, Eliane Lana.

Cintronela funciona como repelente natural de mosquito, mas não exclui os cuidados com reservatórios de água – Foto: Divulgação / Secom Prefeitura Municipal de Ipatinga

Apoio da comunidade

Conforme o último levantamento, nenhum dos bairros pesquisados apresentou risco alto de epidemia para a doença. Em alguns pontos da cidade, como Canaã e Bethânia/Granjas Vagulme, os índices de infestação do mosquito foram de 0,4% e 0,9%. Estes bairros chegaram a apresentar índices acima de 5%. A parceria da comunidade com o poder público ajudou nestes resultados.

Um bom exemplo é o Sebastião dos Santos, 61 anos, no Bethânia. Líder comunitário e atuante na igreja católica, “Tião” cuida de casa e ajuda na conscientização da vizinhança. As dicas aprendidas em palestras da seção de Controle de Zoonoses também são compartilhadas na redondeza. “Vistoriar os locais que acumulam água é parte da rotina aqui em casa. Também uso telas nas janelas e folha de citronela, que é um repelente natural nos quartos para afastar os mosquitos”, ensina. Na sua casa não foram encontrados foco para a doença.

De cada dez focos, sete foram encontrados dentro de casa, sobretudo em locais usados para guardar água – Foto: Divulgação / Secom Prefeitura Municipal de Ipatinga

Vigilância permanente

O último LIRAa apurado é o menor da série histórica dos últimos três anos em Ipatinga. No mesmo período de 2013 e 2014 os índices de infestação do mosquito foram de 3,2% e 1,7%, respectivamente. O Ministério da Saúde considera ideal índice abaixo de 1%. De janeiro a outubro, foram noticiados 683 casos de dengue, cenário bem diferente de 2013, quando o município vivenciou uma epidemia de dengue com mais de nove mil casos.

Com a estiagem prolongada, mudaram os reservatórios: quase 40% das cisternas, tonéis e reservatórios de água foram confirmadas com larvas do mosquito da dengue. Também foram encontrados focos em vasos de plantas (29,3%), lajes (17,3%), caixas d’ água (9,8%) e pneus e pet (2%). Ou seja, a grande maioria dos criadouros do mosquito da dengue está dentro das residências. “Qualquer objeto que possa a acumular água é potencial criadouro para o mosquito. Mas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar, limpaz e eliminar focos do mosquito da doença. O que não pode é pensar que o problema está sempre no vizinho”, finaliza a agente de endemia Fátima Suely.

Serviços

Mais informações, dúvidas e denúncias podem ser feitas junto ao Centro de Controle de Zoonoses de Ipatinga. Telefones (31) 3829-8383 ou 3829-8313

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