O serviço de ônibus de Ipatinga segue com reforço policial nesta semana, depois de quatro dias de apreensão entre os cidadãos. Na madrugada da última sexta-feira, dois ônibus foram queimados, após uma rebelião no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) local.
Após os atentados, o funcionamento do transporte público foi prejudicado. Na última sexta-feira, apenas 25% da frota circulou pela cidade.
Segundo o comandante Gregório Lara, do 14º batalhão da PM de Ipatinga, o serviço de ônibus do município foi normalizado, e continuará com reforço policial, mas sem escoltas, como aconteceu durante o final de semana.
“Fizemos nesta segunda (31) uma nova reunião com a prefeitura e com a empresa Saritur. Ficou definido que hoje o transporte deveria voltar a normalidade. No entanto, vamos manter o efetivo policial reforçado por todo o percurso dos ônibus para manter a segurança e tranquilidade dos cidadãos de Ipatinga”, afirmou o comandante.
Os coletivos da empresa Saritur Vale do Aço, responsável pelo transporte de passageiros na cidade, passaram a deixar a garagem escoltados por viaturas da Polícia Militar (PM) durante o fim de semana. A corporação informou que alguns ônibus realizaram viagens com militares dentro deles para evitar qualquer incidente.
De acordo com a Saritur o primeiro ataque aconteceu no bairro Limoeiro. Os suspeitos embarcaram como passageiros e durante a viagem anunciaram o ataque.”Eles disseram que estavam armados e pediram que os passageiros, o motorista e cobrador descessem. Depois, jogaram combustível e colocaram fogo”, contou o gerente geral, Anivair Dutra.
Para a Polícia Militar os passageiros relataram que, enquanto desembarcavam, ouviram um dos suspeitos dizer: “Só vamos colocar fogo no ônibus porque estão acontecendo coisas na cadeia que não estão nos agradando”. Ninguém se feriu. Ninguém foi preso.
(Fonte: Jornal O Tempo)
