Delegado diz que não questionou juiz sobre internação de menor que matou jornalista em Araçuaí

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O delegado de Polícia Civil de Araçuaí, Cristiano Castelucci Arantes, desmentiu na tarde dessa quarta-feira (12/08) matéria de um jornal da capital, que atribui a ele, insatisfação e frustração com a decisão do juiz da Comarca de não internar um adolescente de 16 anos, que confessou ter matado o jornalista André Luiz de Sá, 39 anos, na madrugada de 3 de agosto em um bairro do município.

“Não houve esta conversa e não dei declarações contra o juiz de que estaria frustrado com a decisão dele. Não questionei nenhuma atitude do magistrado.”, afirmou o delegado ao site Gazeta de Araçuaí.

O juiz também desmentiu a informação de que havia negado o recolhimento do menor a uma instituição conforme a publicação. A matéria foi divulgada no site do jornal e após a polêmica foi retirada do ar no início da tarde de ontem (12).

“O menor não estava apreendido. Ele estava prestando informações. Em seguida ele foi apresentado ao Ministério Público com representação do delegado e do MP no final da tarde de segunda-feira, com pedido de internação. Após a obtenção de uma vaga em uma instituição para menores em Teófilo Otoni, o juiz determinou a internação.”, esclareceu Cristiano Castelucci.

Delegado falou sobre o empenho da PC em desvendar o crime – Foto: Gazeta de Araçuaí

O menor confessou o crime na segunda-feira (10) alegando que matou o jornalista, que era assessor de comunicação da prefeitura de Araçuaí, após desentendimentos sobre um programa sexual.

Ele foi ouvido em audiência no fórum da Comarca na manhã desta quarta-feira (12), após o juiz expedir mandado de busca e apreensão na casa dele. O mandado foi cumprido pela Polícia Militar.

Acompanhado da mãe e de representante do Conselho Tutelar, ele prestou esclarecimentos na audiência e em seguida encaminhado para uma instituição de reeducação para menores, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Investigações

O delegado Cristiano Castelucci informou que após conhecimento do crime, iniciou intensa investigação, rastreando as ligações e as últimas horas de vida do jornalista. Foram ouvidas testemunhas que também estiveram com o jornalista na noite do crime. “Apuramos fortes indícios da autoria do crime que levavam ao menor. Após a colheita de provas fomos até a casa dele na manhã de segunda-feira (10) e o levamos para ser ouvido na delegacia”, esclareceu o delegado.

Em entrevista, a mãe do menor, uma doméstica de 43 anos, disse que ele havia confessado o crime para ela no domingo e que decidiu apresentá-lo à polícia. “Em nenhum momento ela entregou o filho. Já estávamos na pista dele”, disse o delegado, desmentindo a versão da mulher.

(Fonte: Gazeta de Araçuaí)

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