Pesquisadores do Centro de Referência em Educação Ambiental e Desenvolvimento José do Carmo Neves (Cread) vão pesquisar, durante três anos, o Cateto, conhecido também como porco do mato, que está ameaçado de extinção. Vinte animais criados em cativeiro, na Fazenda Engenho D’Água, localizada na área rural de Ouro Preto, serão os animais monitorados.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o projeto para estudo dos catetos é uma medida conservacionista urgente diante das fortes ameaças que a espécie vem sofrendo em Minas Gerais, ao ponto de ser considerada ameaçada de extinção. A caça excessiva e a destruição do habitat natural levaram à diminuição das populações no Estado.
O engenheiro agrônomo Helton Aguiar Neves, explica que, na fase atual, os animais estão sendo monitorados. “Estão sendo aplicados métodos de reconhecimento de predadores e não predadores, sobrevivência, avaliação parasitológica, análise de diversidade genética e estrutura populacional”, explica. os animais passarão por uma análise comportamental. Ao fim desse período, será avaliada a possibilidade de reinserir os catetos na natureza.
O projeto envolve a Semad, através do Instituto Estadual de Florestas (IEF), organizações ligadas à conservação e à pesquisa sobre a natureza, apoiadas e inciativa privada. A diretora de Pesquisa e Proteção à Biodiversidade do IEF, Sônia Aparecida Cordebelle, explica que a iniciativa é de extrema importância,“A parceria entre diversas instituições cria uma rede de relações favorável para a conservação da fauna e de toda a biodiversidade”, destaca.
Você conhece o porco do mato?
O cateto é um porco nativo das Américas, presente em todo o território nacional. Ele pode ser encontrado também em praticamente todas as Américas, do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É conhecido ainda com caititu ou porco-do-mato, mede cerca de um metro de comprimento e pode pesar entre 15 e 28 quilos.
Pesquisadores mineiros vão estudar o Cateto – Foto: Evandro Rodney / Divulgação
