Polícia analisa áudio deixado por mulher que matou as filhas e se suicidou em motel de Itabira

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Um áudio gravado por Ana Flávia Marques Teixeira, de 34 anos, antes de matar as duas filhas e tirar a própria vida, dentro de um quarto de motel no final da tarde de ontem, 11, em Itabira, está sendo analisado pela Polícia Civil.

[image src=”https://aconteceunovale.com.br/portal/wp-content/uploads/2015/01/criancas_vitimas_itabira.jpg” width=”337″ height=”450″ lightbox=”yes” align=”left” float=”left”]Na gravação com duração de 4 minutos e 12 segundos, a mulher chorando, faz um desabafo. Ela disse que precisava gravar o áudio “antes de ir” e que amava as filhas. Ela acusa também o ex-marido de perseguição, e que não teria recebido ajuda dele durante a gravidez. Ela acusa também a Justiça de ter dado a guarda da filha ao ex-marido com ajuda da família dela. Disse inda que no final do mês passado, foi concedida a guarda da criança ao ex-marido. “O que eu não consegui em um ano, o Graziano conseguiu em 15 dias, tirar a única motivação que eu tinha para viver”, disse ela em um dos trechos. Ao final da gravação ela disse que era odiada pela família e pede perdão. “Sempre me disseram que eu sou um lixo, que eu não presto pra nada. Me perdoe todo mundo, Gi eu te amo, Bethe obrigada por tudo, Maria eu te adoro. Obrigado por tudo, infelizmente hoje acabou tudo. Enquanto eu consegui aguentar em aguentei, mas agora acabou. Só tenho pra falar pra vocês que não tem Justiça na terra”, finalizou.

Graziano de Oliveira Batista, de 28 anos, em entrevista a jornalistas em Itabira, disse que Ana havia falado, em mais de uma ocasião, que mataria as filhas e daria fim à própria vida. Ainda de acordo com ele, tudo está registrado em depoimentos feitos à Justiça.

Graziano estava no Cemitério da Paz, em Itabira, aguardando a liberação dos corpos. Amparado por parentes, chorava ao lembrar-se das filhas e dizia que nada no mundo justifica o que aconteceu. Reclamou também da morosidade da Justiça, e isso ele pediu que fosse frisado na matéria. Se o processo de guarda das filhas tivesse saído mais rápido, talvez nada disso tivesse acontecido, dizia ele.

O rapaz afirmou ainda que queria apenas o direito de ver as meninas, conviver com elas. Segundo o delegado Paulo Henrique, da Polícia Civil, Ana Flávia havia fugido com as crianças para não entregá-las ao pai, como determinou a Justiça em dezembro do ano passado. O casal ficou junto por cinco anos e estava separado há um ano e meio. O processo de separação também corria na Justiça.

Quando a convivência sob o mesmo teto não foi mais possível, Graziano afirma ter feito de tudo para ficar ao lado das filhas. “Eu praticamente morava no Fórum nos últimos dois meses”, contou.

Segundo parentes dele, a mulher ameaçava também as famílias, tanto dele quanto dela própria.

O corpo de Ana Flávia será velado e sepultado em Barão de Cocais, onde moram seus parentes. As duas filhas serão sepultadas no Cemitério do Baú, em João Monlevade. (O Popular João Monlevade)

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