Polícia Civil divulga resultado das investigações sobre o caso da advogada Walkelle Damascena

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Arma utilizada no crime foi furtada na casa do pai da vítima. De acordo com a Polícia Civil, crime foi planejado pelo ex-namorado de Walkelle.

Inconformado com o fim do namoro um homem furtou a arma do pai da ex-namorada, um policial militar aposentado, para matá-la, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. A descoberta coloca fim às investigações iniciadas dia 30 de maio deste ano quando Walkelle Damascena de Souza, de 24 anos, foi abordada na porta de casa por dois homens em uma moto e o garupa atirou.

(Inácio Ramos ao centro e os dois acusados de matar a advogada – Foto: Divulgação)

De acordo com as investigações comandadas pelo delegado João Augusto Ferraz, o ex-namorado Inácio Ramos Fernandes, de 27 anos, planejou o crime executado por dois amigos dele. Ednei Mendes Carvalho foi indiciado como sendo o atirador e Washington Souza da Cruz como sendo o piloto da moto. Os três foram presos no início de julho no Norte de Minas. O inquérito foi remetido hoje ao Ministério Público.

“Não imaginávamos esse desfecho e ficamos chocados. Esse comportamento denota um verdadeiro sentimento de crueldade”, diz o delegado, referindo-se à ação premeditada do acusado de furtar a arma do pai de Walkelle para mandar matá-la. De acordo com a família, os dois anos de namoro entre Walkelle e Inácio foram marcados por violência e ameaças.

Inácio possui sete registros na polícia por ameaças contra a ex-namorada, algumas delas de morte. Ele teria, inclusive, forçado Walkelle a se casar com ele, união que acabou sendo anulada pela justiça. O fim do relacionamento ocorrido há um ano teria agravado a situação, como também aumentado às ameaças e, por isso, o pai “escoltava” a filha em quase todas as atividades.

(A advogada foi assassinada na porta da casa onde morava em Teófilo Otoni – Foto: Reprodução Facebook)

Walkelle era formada em Direito e havia passado no concurso para agente penitenciário. Ela foi assassinada minutos após deixar o curso de formação, realizado no campus das Faculdades Doctum. Quando morreu trabalhava na Superintendência Regional de Saúde em Teófilo Otoni.

Imagens colhidas de câmeras de vigilância instaladas em casas próximas ao local do crime, na Rua Antônio Onofre, ajudaram a polícia a desvendar o crime. Mostram quando o garupa da moto aborda a jovem assim quando chegava em casa e atira quatro vezes nela, acertando-a duas vezes, no antebraço esquerdo e lado esquerdo do peito. Os outros disparos atingiram o portão.

Reportagem do jornalista Elvis Passos:

(Hoje em Dia)

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