Produtor de cachaça acusado de crimes sexuais já está no presídio de Pedra Azul

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Adolescentes acusam o empresário de crimes sexuais. Ele está preso no Presídio de Pedra Azul

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O empresário Antônio Eustáquio Rodrigues, de 64 anos, conhecido como o “Rei da Cachaça”, acusado de tentativa de homicídio e crimes sexuais, já está no Presídio de Pedra Azul de Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha. Ele foi preso durante a operação “Papai Noel” da Polícia Civil na tarde de terça-feira, 12 de agosto, em seu escritório, na cidade de Salinas, no Norte de Minas.

Na terça-feira, Rodrigues prestou depoimento por mais de duas horas na Delegacia de Salinas e depois foi encaminhado para a Delegacia Pública da cidade, onde passou a noite em Salinas, em uma cela comum, de 4 metros quadrados, com um sanitário e um colchão. O preso foi transferido na manhã de quarta-feira (14) para a cadeia pública de Pedra Azul.

Nesta quinta-feira (15), o delegado responsável pelas investigações, José Eduardo dos Santos, deverá apresentar detalhes da investigação. O Ministério Público e o Conselho Tutelar de Salinas ainda não se pronunciaram sobre as acusações de envolvimento do empresário com menores de idade.

Adolescentes dizem que sentem nojo e medo do empresário

Os jovens de 14 e 15 anos, que denunciaram o empresário ao Conselho Tutelar de Salinas revelam que tem nojo e medo dele. A adolescente, mais velha, conta que ela e o amigo da escola foram assediados por Antônio Rodrigues.

“Eu sinto medo dele. Eu sinto nojo dele. Quando ele passava na rua eu abaixava a cabeça para não olhar para ele”, afirma a garota.

(Adolescentes dizem ter nojo e medo do empresário – Foto: Record Minas/Reprodução)

O menino relata que os dois foram abordados quando faziam compras para a mãe da menor. “A mãe da minha amiga pediu para gente ir na rua fazer umas compras para ela. Foi quando ele parou e pediu para gente dar uma volta na fazenda que ele tinha. Aí que aconteceu, ele praticou ato sexual comigo e com ela.”

Os dois são moradores de um bairro carente de Salinas. De acordo com a mãe do garoto, o “Rei da Cachaça” passou a presentear o filho dela, mas não levantou suspeitas. “Presenteava meu filho. Deu um celular novo para ele, na minha vista. Mas como estava dando para todo mundo, não dava para desconfiar.”

O delegado responsável pelo caso, José Eduardo dos Santos, acredita que mais vítimas podem denunciar o empresário. “Talvez com a prisão dele, novas vítimas se encorajem a denunciar algum fato relevante.”

(Mãe do garoto diz que não desconfiava do autor – Foto: Record Minas/Reprodução)

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