Dupla é presa por vender anúncios em jornal sem circulação em Minas Gerais

0

Dois suspeitos de estelionato foram apresentados pela Polícia Civil na manhã desta sexta-feira (18). Eles utilizavam um jornal sem circulação para vender anúncios a comerciantes de Belo Horizonte e região metropolitana, além do interior de Minas Gerais e, para isso, se passavam por delegados da Polícia Civil.

A polícia chegou até Jeferson Ventura Lopes, 49, e Wbiran Gonçalves de Aguilar, 47, conhecido como Bira, após o dono de uma padaria no bairro Belvedere, região Centro-Sul da capital, estranhar a insistência de Jeferson. Ele se apresentou como delegado de polícia e pedia para ser tratado como “Doutor Jeferson”. Os primeiros contatos com o comerciante foram por telefone, os quais ele pedia R$ 500,00 para anunciar a padaria no jornal Alerta Policial.

Segundo o delegado Leandro Alves Santos, para dar credibilidade ao golpe, o suspeito pediu para o dono da padaria pagar pelo anúncio com cheque em nome do jornal. Desconfiado, o comerciante resolveu acionar a polícia, que montou uma operação para flagrar a ação do estelionatário. A vítima e o vendedor dos anúncios combinaram de se encontrar para o pagamento, mas quem apareceu foi um motoboy, incumbido de receber o dinheiro.

Foi por meio dele que a polícia chegou ao endereço do escritório onde supostamente funcionava o jornal, no centro da capital, e prendeu Jeferson e o dono da “empresa”, Wbiran. O motoboy chegou a ser preso, mas foi liberado após a polícia constatar que ele havia apenas sido contratado para prestar aquele serviço, sem conhecimento do golpe.

O jornal Alerta Policial possui CNPJ, mas não tem tiragem há cerca de dois anos. No escritório, a polícia não encontrou nenhum indício que comprovasse a circulação do jornal. Um funcionário informou que há alguns meses os suspeitos imprimiam cerca de cinco exemplares para disfarçar e apresentar aos comerciantes para vender anúncios.

Já foram identificadas pela polícia 10 vítimas de Jeferson e Wbiran e, além disso, serão investigados no mínimo outros 50 casos, já que foi este o número de nomes encontrado em uma agenda de possíveis clientes no escritório do jornal.

Ainda não foi possível precisar quanto dinheiro os suspeitos lucravam com os golpes, e as investigações continuam no sentido de identificar novos vítimas.

(O Tempo)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui