Incêndio dura 12 horas e atinge depósito de borracha em Caratinga

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Um incêndio em um depósito de borrachas, que começou por volta das 20h, da noite dessa segunda-feira (10), no residencial Porto Seguro, cidade de Caratinga durou cerca de 12 horas para ser controlado. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, não houveram feridos.


O incêndio durou cerca de 12 horas, diz sargento (Foto: Patrícia Belo)

De acordo com sargento Leonardo Cangussu, quando os militares foram avisados do incêndio, a guarnição foi informada que trataria de um lote vago. Ao chegar no local, os bombeiros viram que era um depósito de borrachas.

“Chegamos com poucos militares e também somente um caminhão, mas vimos que o incêndio era de grande proporções e que tinham casas ao redor do local. Acionamos mais homens e até mesmo a brigada de incêndio da Usiminas”, diz Cangussu.

O sargento conta ainda que dentro do lote havia muito mato e borracha com óleo. “Este um material que quando entra em contato com o fogo tornasse bastante combustível, o que dificulta o trabalho de conte às chamas”, completa.

Para apagar o incêndio até a madrugada desta terça-feira (11), por volta da 1h, cerca de 80 mil litros de aguá foram utilizados e a previsão é de que até no inicio da manhã, os militares teriam utilizados mais de 150 mil litros de água.

Casa atingida

Ao lado do depósito, a família de Talles Camilo Avila percebeu que as chamas estavam próximas à casaa. O estudante conta que sua mãe chegou em casa por volta das 19h30 e viu fogo na calçada próxima de sua casa. Avila relata que o fogo alastrou e começou a atingi o telhado do imóvel.

“Em poucos minutos o fogo chegou a uma altura equivalente a dois poste de luz. O muro da minha casa faz divisa com esse depósito e as chamas chegaram atingir meu terraço. Minha mãe ficou desesperada ligou para os bombeiros e ela e os vizinhos começaram a jogar baldes de água para conter as altas chamas”, relata.

Ricardo Ferreira Pinto também é vizinho do depósito de borrachas. Segundo o empresário, da sacada do seu apartamento ele teria visto as chamas e também sentiu o cheiro de queimado. A princípio, ele não se preocupou porque é comum a prática de queimadas em seu bairro, devido ao grande número de lotes vagos existentes.

“Infelizmente nesse residencial ainda existe vários lotes vagos, e os proprietários preferem tacar fogo do que pagar alguém para capinar. Passados poucos minutos, eu percebi que a fumaça estava ficando preta e vi também que as chamas estavam muito alta. Desci para rua e mãe do Talles estava desesperada procurando ajuda”, relata.

Na casa dos Avilas, as chamas chegaram a atingir o padrão de energia. A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) esteve no local e técnicos realizaram o desligamento do fornecimento de energia nas proximidades. Os bombeiros também tiveram que conter com mais agilidade as chamas que estavam perto da casa, para evitar a queda do muro.

Denúncias

Durante a ação dos bombeiros de combate ao incêndio, diversos moradores disseram que já teriam feito denúncias a Prefeitura de Caratinga sobre a situação do deposito de borrachas. Laércio Teodoro Carreiro é membro da associação de moradores do residência Porto Seguro, disse que já tentou conversar com os órgãos responsáveis e até mesmo com o proprietário da borracharia, mas nada teria sido feito.

“Moro há muitos anos no residencial e sempre denunciei a situação deste depósito de borrachas próximo às casas, o que eu acredito ser irregular. Fiscais da prefeitura já estiveram no local, mas infelizmente nada foi feito. Eles esperaram acontecer o pior, para quem sabe agora tomar alguma providência”, diz Carreiro.

Talles confirma a denúncia e diz que sua mãe é vizinha deste depósito desde que o local teria sido criado. O estudante relata que também já informou aos responsáveis sobre a situação e até mesmo participou do abaixo assinado que foi criado para tentar retirar o armazém de borrachas.

“Sempre nos sentimos ameaçados com este depósito tão próximo de nossa casa. Agora que o pior aconteceu, temos que agradecer a Deus que nada de ruim aconteceu comigo e nem com minha família, pois poderia ter sido pior. Como ficamos agora? Estamos correndo risco de perde parte da estrutura da casa. É lamentável” , finaliza.

O proprietário do depósito, o empresário Amarildo Bastos estava no local do acidente e acompanhou todo o trabalho dos bombeiros para conter as chamas. O comerciante não quis gravar entrevistas, mas segundo o sargento Cangussu, o dono do lote contratou um caminhão pipa particular, para ajudar no combate ao incêndio e também uma retroescavadeira para auxiliar na retirada dos mato e das borrachas que ainda estavam no local.


Incêndio começou por volta das 20h dessa segunda-feira (10) (Foto: Patrícia Belo)

(Fonte: Inter TV dos Vales/G1)

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