Mercado Livre terá centro de distribuição em Minas Gerais

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Minas Gerais entrou definitivamente na rota dos megainvestimentos. A Mercado Livre – empresa argentina de tecnologia voltada para o comércio eletrônico – vai instalar um centro de distribuição (CD) em Extrema, no Sul do estado. Considerada uma gigante do segmento na América Latina, a multinacional estima criar 1,4 mil empregos entre diretos e indiretos com a instalação.

A implantação será em duas grandes frentes. Além da Mercado Envios – voltada para o armazenamento e logística das empresas parceiras que utilizam a plataforma de vendas -, a unidade mineira também vai operar a Ebazar, empresa do grupo que controla a operação própria de e-commerce da companhia.

Benefícios

Para o governador Romeu Zema, a multinacional e suas soluções logísticas trarão benefícios para todos os mineiros, com geração de renda e oportunidades de negócios para muitas empresas.

“Em menos de uma semana, anunciamos a vinda de duas megaempresas de e-commerce para nosso estado. Esses investimentos significam a criação de mais de mil vagas de trabalho e também potencial para muitas empresas utilizarem esses canais de venda. Estamos conseguindo mostrar que é possível governar com responsabilidade, desburocratizando e sendo amigo de quem trabalha, produz, paga impostos e gera empregos”, afirma.

A outra plataforma de e-commerce citada pelo governador é a norte-americana Amazon que, nesta semana, também anunciou uma grande operação em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Agilidade

Na prática, de acordo com o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Fernando Passalio, essas atrações de empresas irão democratizar ainda mais a entrega de produtos de forma ágil, com o uso intensivo de tecnologia a preços acessíveis.

“Este esforço do Governo de Minas, por meio do Indi, consolida o estado como um grande hub logístico, somando forças e mitigando os efeitos desta crise em função da pandemia. Estamos aqui para transformar Minas Gerais em um grande gerador de riqueza e de trabalho”, avalia.

Grandes investimentos

O anúncio de expansão da Mercado Livre é feito na esteira de outras conquistas do Governo do Estado neste ano, que tiveram suporte direto da Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede).

Entre as justificativas para esse boom de investimentos em todo o território mineiro, é possível destacar o processo de desburocratização que vem sendo adotado na esfera estadual, o aprimoramento de tratamentos tributários e a atuação intensa e decisiva do Indi na prospecção e apoio às empresas.

De acordo com o presidente do Indi, Thiago Toscano, essa negociação ocorreu ao longo de alguns meses e chegou a um final feliz muito em decorrência da disposição do Governo do Estado em simplificar a vida de quem quer empreender no estado.

“A escolha de uma multinacional dessa magnitude por Minas Gerais comprova que nossas políticas de melhoria do ambiente de negócios, combinadas com a logística privilegiada que o estado possui, estão gerando grandes resultados”, disse.

Trajetória

A Mercado Livre foi fundada em 1999 pelo empresário argentino Marcos Galperín. É pioneira na região em sua aposta como intermediária entre vendedores e compradores de produtos pela internet.

O modelo foi inspirado pela norte-americana eBay, inovando com a implementação da carteira eletrônica Mercado Pago, lançada em 2018, que a transformou na primeira fintech argentina de sucesso.

Tanto na Argentina como no restante da América Latina, a Mercado Livre observou um crescimento de 45% na base de usuários ativos durante o segundo trimestre de 2020 e alcançou 51,5 milhões de contas. Hoje, são registradas em torno de 16 compras e 425 visitas por segundo em sua plataforma e mais de 3,3 milhões de transações diárias pela Mercado Pago.

Presente em 18 países, Mercado Livre é a maior plataforma de comércio digital da América Latina e a única da região a se encontrar entre as 100 empresas que mais crescem no mundo em 2020.

Economia mineira

Por meio do Indi, o Governo de Minas está investindo na atração de novas empresas e ampliando as que já estão instaladas no estado. De janeiro a outubro deste ano, o Estado recebeu R$ 22,5 bilhões de investimentos. A meta, até dezembro, é formalizar R$ 30 bilhões. Mesmo em meio à pandemia, houve aumento de 22% nos aportes em relação ao mesmo período de 2019 e geração de aproximadamente 15 mil empregos.

Os números expressivos são resultado de um reposicionamento estratégico das ações do Indi, vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), frente ao cenário de pandemia global.

Com a turbulência do mercado econômico, que mudou o curso de muitos investimentos, a agência ampliou o foco em setores como alimentação, geração de energia e mineração, áreas que continuaram trazendo excelentes resultados.

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