Homem usava eventos religiosos para estuprar crianças em Várzea da Palma, no Norte de Minas

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) instaurou, nessa segunda-feira (17/8/2020), o terceiro inquérito que investiga o caso de um homem, 54 anos, suspeito de abusar sexualmente de, pelo menos, 14 meninas entre os anos 1995 e 2018. Os crimes ocorreram em Várzea da Palma, no Norte do Estado, durante cerca de 30 anos, segundo depoimentos das vítimas.

Três inquéritos já foram instaurados: um em outubro de 2019, que já foi concluído e encaminhado à Justiça; o segundo, solicitado pelo MP e o último, instaurado nessa segunda-feira, quando mais uma mulher procurou a Polícia Civil.

Segundo o delegado Guilherme Vasconcelos, titular da Delegacia de Polícia Civil em Várzea da Palma e responsável pelas investigações, os outros dois inquéritos foram instaurados após a repercussão dos crimes na cidade. “Depois que as pessoas perceberam que estávamos investigando cada detalhe do que as crianças sofriam, mais e mais vítimas procuraram a delegacia para relatar os abusos sofridos durante vários anos na infância”, revelou.

Ainda de acordo com o delegado, “As meninas abusadas tinham entre seis e 14 anos. Ele ganhava a confiança de familiares, entrava na casa das pessoas e cometia os abusos quando percebia que os pais das meninas estavam distraídos”.

A conclusão do primeiro inquérito foi em janeiro deste ano e, para preservar as vítimas, a PCMG manteve o caso sob sigilo. Naquela ocasião, o suspeito foi indiciado com pedido de prisão preventiva. “O juiz indeferiu o pedido de prisão e determinou medidas cautelares, como, por exemplo, a proibição do pedreiro se aproximar de crianças ou frequentar espaços como escolas, igrejas, dentre outros”, informou Vasconcelos.

O suspeito é funcionário da prefeitura da cidade de Várzea da Palma e trabalha como pedreiro. Durante 30 anos, promoveu festas religiosas e atividades culturais gratuitas envolvendo crianças – especialmente meninas entre seis e 14 anos de idade. Em depoimento, ele afirmou que teve contato com mais de cinco mil crianças durante as últimas três décadas.

“Ele é uma pessoa que deturpa comportamentos sexuais com um forte discurso religioso e tenta, de todas as formas, camuflar o seu verdadeiro interesse de abusar das meninas. Isso deu certo nesse tempo todo, quase 30 anos de atuação”, detalhou o titular do inquérito.

Para a PCMG, o pedreiro negou que tivesse cometido os abusos. Ele responde, em liberdade, pelos crimes de estupros de vulneráveis.

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