Parque do Rio Preto, reaberto em 2013, volta a receber visitantes

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Depois de ficar fechado por mais de um ano para manutenção e obras de infraestrutura, o Parque Rio Preto, em São Gonçalo (MG), a 70 km de Diamantina, volta a receber turistas e pesquisadores.

Reaberto desde o início de 2013, aos poucos os fins de semana voltam a serem agitados no parque, que é um dos principais pontos turísticos do Norte de Minas Gerais.

Em 12 alojamentos, podem ser abrigadas até 49 pessoas, e a área de camping comporta até 15 barracas. Ainda há quiosques, churrasqueiras, lavatório de pratos e roupas, vestiários, fonte de água potável, estacionamento e restaurante. Por isso as reservas devem ser feitas com antecedência, especialmente nos feriados, quando o parque chega a sua capacidade máxima.

“Os alunos ficaram doidos com a comida do Marcelino, o cozinheiro! Uma refeição de qualidade com um preço acessível. Os alunos aproveitaram cada segundo”, conta o professor Edilson Cândido, do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), que levou pela primeira vez um grupo de 20 estudantes do curso de Gestão Ambiental.

A visita superou todas as expectativas do professor no que tange a conservação e organização da área do parque. Ele ressalta que aquela é uma região de grande importância para a preservação, pois o tipo de vegetação e o clima propiciam a vivência de espécies da fauna e flora de cunho endêmico, ou seja, que só vivem lá. “O parque é muito bem administrado e protegido, pronto para receber turistas numa visão da Educação Ambiental e preservação da natureza”, completa.

O Parque Estadual do Rio Preto está inserido no complexo da Serra do Espinhaço, com uma área total de 12,185 hectares. A cobertura vegetal do parque é composta, na maior parte, por cerrado e campos de altitude, como explica um dos guias, Déco, que trabalha na reversa há 15 anos.

“A unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais se destaca a do Rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Araçuaí, por sua vez afluente do Rio Jequitinhonha”, esclarece o guia. Existem diversas trilhas que levam para cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras e praias fluviais com areias brancas.

Para chegar ao mais belo ponto turístico da reserva é preciso um pouco de preparo físico e disposição para enfrentar os 6,5 km de trilha até a Cachoeira do Crioulo. No caminho é possível ver as variadas espécies vegetais.

Com sorte é possível ver ainda animais selvagens como tatu canastra, que apareceu bem perto da trilha percorrida por nossa equipe de reportagem. Infelizmente foi uma passagem rápida e nosso fotógrafo não conseguiu registrar este momento, mas no caminho percorrido pelo G1, foi possível ver rastros também do lobo-guará e do tamanduá-bandeira, ameaçados de extinção.

O percurso ganhou escadarias de pedra e pontes de madeira para facilitar o acesso. Fontes naturais de água, duchas e banheiros construídos no meio da trilha aliviam a caminhada. Os mirantes tornam o caminho ainda mais encantador.

“O parque é aberto para visitação de terça-feira a domingo, com entrada das 7h às 17h pela portaria. Para seguir pelas trilhas mais distantes, como a Cachoeira do Crioulo, é preciso o acompanhamento de um guia. Partimos em todos os dias de funcionamento em três horários, às 9h, 10h e 11h, quanto mais cedo seguir para a trilha, mais tempo pode ficar na cachoeira”, explica Déco.

O tempo de caminhada varia de acordo com o preparo físico e disposição do grupo, podendo levar de uma hora e 30 minutos até quatro horas. Mas para quem quer um caminho mais ameno é possível desfrutar da beleza e tranquilidade da prainha bem perto da área de camping ou ainda na Toca do Veado.
“Adorei a visita, fiquei encantada, queria ter mais disposição para fazer as trilhas mais longas”, conta a estudante de Elizabeth Gomes. Com 52 anos, ela já trabalhava na área da saúde e no curso de Gestão Ambiental agora faz a união dos conhecimentos. “O parque é uma demonstração de que a proteção ambiental e a qualidade de vida estão intrinsicamente ligadas”, completa.

Os estudantes estão entre os visitantes mais assíduos. No Centro de Visitantes, eles contam com um auditório para 70 pessoas, duas salas de reunião para 30 pessoas cada e uma sala para exposições.

“Posso dizer que ao retornar ao município de Araçuaí, nas aulas no campus não se falava em outra coisa, a não ser o entusiasmo dos alunos. Inclusive alguns destacaram que o parque é o lugar mais interessante em que estiveram em suas vidas”, finaliza professor Cândido.

Como chegar

A partir de Belo Horizonte, seguir a BR-040 no sentido de Brasília e, depois, acessar a BR-259 até Curvelo. Daí, seguir pela BR-367, em sentido à cidade de Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG-214 até São Gonçalo do Rio Preto, por estrada de terra batida. De São Gonçalo até a portaria do Parque são 14 quilômetros de estrada bem sinalizada, com interessantes placas com frases inspiradoras.

Mais informações e reservas para os alojamentos e área de camping pelo telefone (38) 3531.3919.

Fonte: G1

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