Tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol vai fortalecer turismo, dizem historiadores

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A notícia do tombamento do Centro Histórico de Grão Mogol, anunciada nesta quarta-feira (21/12/2016), pelo Conselho Estadual do Patrimônio Cultural de Minas Gerais (Conep), alimentou ainda mais a expectativa de historiadores da região para os projetos de conservação e valorização dos patrimônios regionais.

O Centro Histórico de Grão Mogol, segundo destacou a publicação do Conep, constitui patrimônio material que, no presente, é referência do processo de ocupação do Norte de Minas, traçando registros dos aspectos construtivos da arquitetura mineira. Entre seus principais monumentos, a Matriz de Santo Antônio, que atrai visitantes de várias cidades ao longo do ano.

Guilherme Meira, historiador e pesquisador do município, ressalta que o tombamento vai trazer muitas vantagens. “O tombamento feito pelo estado é de grande importância, pois teremos uma ajuda superior, tanto em conservação dos patrimônios, quanto do ICMS, que aumenta e ajuda o município”, diz o historiador.

Ainda segundo o historiador, outra grande vantagem com o processo de tombamento é a realização de obras estruturais na cidade, como o processo de cabeamento subterrâneo, substituindo a atual estrutura de redes e viação elétrica da cidade. “Fica mais fácil para procurar recursos com o estado”, finaliza Guilherme.

Centro Histórico/Rua Direita (Foto: Marina Morena/Prefeitura de Grão Mogol)

Patrimônio

Além de Grão Mogol, o Norte de Minas tem mais alguns patrimônios tombados, como a Igreja Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Matias Cardoso, a Igreja do Rosário, em São Romão, e a Igreja Nossa Senhora do Rosário de Januária.

O professor da Unimontes e membro do Conep, Denilson Meireles, destaca a relevância dos trabalhos realizados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) no Norte de Minas como ponto importante para o resgate dos bens históricos regionais.

“O bem cultural pode atrair uma série de eventos turísticos, principalmente as cidades que ficam no entorno do Rio São Francisco”, afirma o professor.

Segundo Denilson, as coletas de dados para o tombamento do patrimônio não depende apenas da arquitetura, mas sim de um conjunto de elementos. “São feitos fóruns com os membros do Conep, o município interessado e a comunidade, depois fazemos um levantamento de dados, tanto da arquitetura, festas típicas e outros elementos,” salienta.

Igreja Matriz de Santo Antônio (Foto: Divulgação/Prefeitura de Grão Mogol)

Igreja Matriz de Santo Antônio (Foto: Veloso PM/Prefeitura de Grão Mogol)

(Fonte: G1 Grande Minas)

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