Motociclista quase cego e sem habilitação é detido após viajar 160 km entre São Paulo e Minas Gerais

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Mais impressionante do que as condições em que um homem de 49 anos foi flagrado conduzindo uma motocicleta, em plena BR–146, em Poços de Caldas, no Sul de Minas, é o percurso que ele conseguiu fazer sem causar problemas. Embriagado, sem carteira de habilitação e enxergando apenas 4% de um olho e 8% do outro, ele pilotou de Campinas, no interior de São Paulo, até a cidade mineira, onde foi preso, nesta quinta-feira (01/12/2016).

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o homem tinha a intenção de chegar a Alfenas, na mesma região, mas, depois de viajar 160 km, parou no posto da PRF de Poços de Caldas para pedir informações. “Ele entrou em alta velocidade na área de segurança do posto, o que chamou a atenção da equipe que fazia o patrulhamento de rotina. Antes mesmo de ele pedir informações, nós percebemos que ele estava alterado, e solicitamos os documentos, que ele não tinha para apresentar”, explicou o policial Breno Nazar Ferreira.

Inabilitado, o condutor não se negou a fazer o teste do bafômetro, que constatou nível de álcool no sangue quase 20 vezes acima do permitido. “Ele estava com 0,90 miligrama de álcool no sangue. O permitido é 0,05 miligrama. O risco que ele trouxe tanto para ele mesmo quanto para outras pessoas, desde Campinas até aqui, foi altíssimo”, comentou Ferreira.

Enquanto era autuado, o motociclista revelou aos policiais que tinha dificuldade para enxergar. Após ser abordado, o motociclista foi preso em flagrante e levado para a Delegacia Regional de Polícia Civil de Poços de Caldas, onde prestou depoimento e foi liberado após pagar multa e fiança. Ele responderá por dirigir embriagado e por direção perigosa. A moto foi apreendida.

Apesar de responder na Justiça, o homem dificilmente será preso. Isso porque as infrações cometidas por ele são consideradas apenas contravenções penais – em que não é prevista a prisão do suspeito.

Moto foi apreendida pela PRF (Foto: Divulgação/PRF)

(Fonte: O Tempo)

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