Greve de professores da Unimontes completa 100 dias

0

A greve dos professores da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) completa 100 dias nessa quarta-feira (10/08). Segundo informações da associação que reúne os docentes (Adunimontes), o movimento tem adesão de 70% a 80% dos profissionais e apenas um dos mais de 40 cursos está com o funcionamento normal.

“Nunca tivemos greve desta extensão, nossas greves sempre duraram cerca de dois meses, no máximo”, fala o professor Gilmar Ribeiro, representante do movimento. A classe reivindica reajuste de salários, reestruturação da carreira e incorporação de gratificações aos vencimentos.

Ribeiro explica que durante este período foram realizadas várias reuniões que tiveram a participação da Universidade e de representantes do Governo. “Não houve qualquer tipo de negociação, o Governo alega que a Lei não permite que haja acréscimos na folha e diz que não tem recursos”, explica o professor.,

Gilmar Ribeiro diz que após a realização da primeira audiência de conciliação, sem que houvesse um acordo, o Estado e a Unimontes entraram com uma ação no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

“Pela primeira vez na história o Governo de Minas ajuizou uma ação no TJMG, argumentando que a greve é ilegal e pedindo retorno imediato das atividades. Mas a desembargadora negou a liminar. Infelizmente o Estado abriu mão da sua obrigação de governar e a transferiu para o Poder Judiciário”, destaca.

O que diz a Unimontes?

Em nota, a Unimontes informou que aproximadamente 8 mil estudantes estão sem aulas e que a paralisação traz dificuldades logísticas e operacionais, atingido também as atividades da extensão, pesquisa, pós-graduação e prestação de serviços.

Ainda de acordo com a nota, foram realizadas várias tentativas de negociação entre Reitoria, representação docente (Adunimontes) e o Governo do Estado, por meio das Secretarias de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SECTES), com alguns avanços obtidos. Porém, segundo a Unimontes, “para atender acréscimos na folha de pagamento o impedimento está na lei de responsabilidade fiscal já amplamente informada pelo Governo aos professores em greve. Neste momento, a questão do movimento grevista está no âmbito judicial por iniciativa do Governo do Estado”, diz a nota.

(Fonte: G1 Grande Minas)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui