O Cruzeiro esteve perto de fazer a alegria dos mais de 43 mil torcedores no Mineirão, mas acabou frustrando o grande público ao ceder empate ao Vitória nos últimos minutos da partida disputada na manhã deste domingo (3/7), pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Depois de abrir 2 a 0, gols de Alisson e De Arrascaeta, o clube celeste pecou pela desatenção no sistema defensivo e viu o rubro-negro baiano igualar o marcador com Diego Renan e Vander, este último aos 37min do segundo tempo. O detalhe relevante é que o Vitória atuou durante grande parte da etapa final com um jogador a menos – o zagueiro Ramon foi expulso logo aos 2min.
Com o resultado inesperado em casa, o Cruzeiro continuou com a pior campanha como mandante (aproveitamento de 33,33%) e perdeu grande oportunidade de saltar na tabela. Se vencesse, o time subiria para o 11º lugar. A igualdade, porém, deixou os comandados de Paulo Bento na 14ª posição, com 15 pontos, e correndo o risco de ser ultrapassado pelo Figueirense, que, mais tarde, enfrenta o Atlético no Orlando Scarpelli, em Santa Catarina.
O próximo compromisso da Raposa no Brasileiro será na segunda-feira, dia 11 de julho, às 20h, contra o Atlético-PR, no Mineirão. Nesta semana haverá uma breve pausa na Série A para a disputa da Copa do Brasil. Na quarta-feira, às 21h45, a equipe azul reencontrará o Vitória, no Barradão, em Salvador, pelo duelo de ida da terceira fase.
Cruzeiro empatou com o Vitória no Mineirão (Foto: Juliana Flister/Light Press/Cruzeiro)
O jogo
A grande surpresa na escalação do Cruzeiro foi a presença de Riascos no lugar de Willian no comando do ataque. Além dele, o técnico Paulo Bento manteve Fabrício Bruno na zaga, confirmou Elber e Alisson pelas beiradas e deixou Arrascaeta mais centralizado no meio-campo. O time entrou em campo no esquema 4-2-3-1. Por sua vez, Vagner Mancini escalou o Vitória com três zagueiros e apostou em Marinho como principal articulador.
Marinho, aliás, foi quem mais deu trabalho ao Cruzeiro. Ele se aproveitou da fragilidade na marcação e caiu nas costas do lateral-esquerdo Bryan e do zagueiro Bruno Viana. O camisa 7 do Vitória, que teve passagem apagada pela Toca da Raposa em 2015, exigiu duas ótimas defesas do goleiro Fábio no primeiro tempo e ainda deixou o lateral-esquerdo Euller em boas condições para finalizar – a bola acabou chutada para fora.
Já o time celeste sentiu a falta do volante Henrique, responsável por fazer a bola rodar no meio-campo. Sem ele, Bruno Ramires e Lucas Romero dividiram tal responsabilidade, mas sem a mesma qualidade do camisa 8.
Coube a De Arrascaeta, em crescente produção sob o comando de Paulo Bento, chamar a responsabilidade para a criação de jogadas. Aos 23min, ele apareceu do lado direito do campo de ataque e rolou para o lateral-direito Lucas, que, livre de marcação, achou Alisson dentro da grande área. Ao dominar a bola, o camisa 11 bateu no canto direito de Caíque e abriu o placar no Mineirão: 1 a 0.
Ainda que tivesse sofrido com alguns avanços do Vitória, como a finalização de Kieza, aos 35min, o Cruzeiro se manteve mais tranquilo no restante do primeiro tempo e até teve oportunidade para ampliar a vantagem. Aos 29min, Arrascaeta cobrou falta no ângulo e obrigou Caíque a se esticar para espalmar em direção à linha de fundo. Nos acréscimos, nova tentativa do camisa 10 parou na barreira do time baiano.
Na volta para o segundo tempo, Cruzeiro e Vitória sofreram contratempos em suas escalações. Do lado rubro-negro, Ramon levou o segundo cartão amarelo ao cometer falta em Riascos e foi expulso. Na equipe celeste, Elber sofreu fisgada na coxa esquerda e precisou ser substituído por Alex.
Obviamente, o Vitória ficou no prejuízo por atuar com um jogador a menos. E o Cruzeiro procurou tirar proveito da situação. Aos 8min, Alex passou a bola para Riascos, que ajeitou de calcanhar e encontrou De Arrascaeta livre de marcação. Cara a cara com Caíque, o uruguaio soltou a bomba e fez 2 a 0. Pouco depois, Riascos e Alex pararam em ótimas defesas do goleiro do Leão, aos 9min e 13min.
Tudo parecia controlado para o Cruzeiro, mas o meia-atacante Marinho entrou novamente em ação. Em jogada individual, o camisa 7 driblou Bryan e acabou derrubado na grande área por Alisson. Pênalti. Na cobrança, Diego Renan cobrou rasteiro no canto direito e diminuiu aos 18min: 2 a 1. Antes do reinício da partida, Paulo Bento tirou Bryan, muito mal na partida, e colocou o meia Allano improvisado na lateral esquerda.
Animado, o Vitória se lançou ao ataque para garantir o empate. Aos 37min, Marinho passou facilmente por Allano e cruzou em cima de Lucas Romero. Na sobra, Vander foi mais esperto que Bruno Ramires e bateu de primeira no canto direito de Fábio, deixando tudo igual e definindo o resultado: 2 a 2. As vaias dos mais de 43 mil pagantes resumiram muito bem o descontentamento com a inconstância da equipe durante os 90 minutos.
(Fonte: Super Esportes/Rafael Arruda)