Médico suspeito de estuprar pacientes em Montes Claros tem prisão prorrogada

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A delegada Karina Costa Maia, responsável pela Delegacia da Mulher em Montes Claros, no Norte de Minas, afirmou nesta quarta-feira (11/5) que pediu a prorrogação da prisão provisória do médico Linton Wallis Figueiredo Souza, suspeito de dopar e estuprar pacientes, por mais 30 dias. De acordo com a delegada, a investigação já identificou 12 vítimas que podem ter sido abusadas pelo dermatologista.

Ainda segundo a delegada, nos computadores apreendidos na sala do médico foram encontrados diversos arquivos de fotos de pacientes nuas. “Estas fotografias estavam guardadas com senha no computador dele, mas conseguimos acessar. São fotos com diversas poses, sendo que, em algumas, mostrando os órgãos genitais. As pacientes não viram estas fotos sendo tiradas”, explica a delegada.

Entre os arquivos, a Polícia Civil identificou fotografias de uma paciente de nove anos. “Esta paciente tratava de vitiligo e ele tirou várias fotografias das partes íntimas. Nós pedimos exames para verificar se houve o estupro também”, diz a delegada.

Fotografias que seriam de pacientes do médico na cidade de Pouso Alegre, Sul de Minas, também foram encontradas nos arquivos. A delegada informou também que algumas pacientes ainda serão ouvidas durante a investigação.

O advogado Heber Lobato, responsável pela defesa de Linton Wallis, afirmou ao G1 ter convicção da inocência do médico. Segundo o advogado, as informações encontradas do computador são meramente da função e exercício da medicina, na área da qual Linton atua. O processo segue em segredo de justiça.

Entenda o caso

Linton Wallis Figueiredo Souza foi preso no dia 06 de abril, durante operação da Polícia Civil em Montes Claros. O dermatologista, inicialmente, foi acusado de estuprar duas pacientes, de 21 e 23 anos, durante procedimentos estéticos em sua própria clínica. De acordo com a Polícia Civil, ele escolhia as vítimas mais novas para cometer os crimes. Ele está preso no Presídio Regional de Montes Claros.

Após a prisão, a delegada recebeu novas denúncias. Entre elas, de uma adolescente de 16 anos, que afirmou ser também vítima do dermatologista. Segundo a jovem, ela fazia um tratamento com Linton Wallis desde junho de 2015, para retirar vários nódulos da virília, seios e axila. Segundo a paciente, durante um procedimento para cauterização, o dermatologista chegou a receitar sete comprimidos. Após um dos procedimentos, a adolescente acordou com dores. “No dia seguinte eu acordei com dores na região genital e com lembrança de que tinha um homem tentando me agarrar”, afirmou a jovem.

Médico (camisa azul) foi preso em seu consultório (Foto: Mauro Miranda Ferreira / Arquivo)

(Fonte: G1 Grande Minas / Repórter: Valdivan Veloso)

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