A Nasa anunciou nesta semana, a descoberta de 1.284 planetas fora do nosso sistema solar, feita pelo telescópio espacial Kepler. Esta foi a maior descoberta de planetas até hoje e o número significa o dobro dos planetas que já confirmados por este telescópio. Do total, cerca de 550 poderiam ser planetas rochosos como a Terra.
O observatório espacial Kepler, lançado em 2009, monitorou 150 mil estrelas em busca de sinais de corpos em órbita, particularmente aqueles que poderiam ser capazes de sustentar a vida. A descoberta se baseia em dados colhidos pelo telescópio espacial entre 2009 e 2013, quando monitorava cerca de 150 mil estrelas em um pequeno pedaço de céu entre as constelações Cisne e Lira.
O Kepler captura sinais discretos de possíveis planetas, através da observação do escurecimento da luz das estrelas, conhecido como trânsito, cada vez que um planeta passa orbitando diante dela. Um fenômeno similar à passagem de Mercúrio na frente do Sol.
“Desde a descoberta dos primeiros planetas fora do nosso sistema solar há mais de duas décadas, os pesquisadores analisam individualmente cada ‘planeta suspeito'”, explica a Nasa em comunicado divulgado ontem (10).
De acordo com a Nasa, a nova descoberta inclui cerca de 550 corpos que poderiam ser planetas rochosos como a Terra, com base em seu tamanho. Nove desses planetas, orbitam uma zona habitável de seu sistema solar, que é uma distância que permite a existência de água em estado líquido. Esses nove exoplanetas potencialmente habitáveis se somam aos 21 outros exoplanetas já conhecidos por orbitarem a zona habitável de suas estrelas.
O primeiro planeta fora do nosso sistema solar foi descoberto em 1995, por Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra, na Suíça. O exoplaneta orbitava ao redor da estrela Pégaso-51, a 50 anos-luz de distância da Terra. De acordo com os pesquisadores, ele era composto por gases e tinha metade do tamanho de Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar. Uma volta completa do planeta ao redor da estrela durava apenas 4,2 dias, por causa de sua proximidade. (Agência Brasil)