Cruzeiro vence o Atlético em clássico matinal no Independência

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No domingo de Páscoa, sob forte calor, o Cruzeiro levou a melhor no clássico diante do Atlético, por 1 a 0, neste domingo (27/3), em um Independência cheio de alvinegros. O gol solitário foi de Rafael Silva, depois de uma falha do jovem goleiro Uilson, que soltou a bola e o atacante aproveitou. O resultado deixa a equipe celeste praticamente com a liderança assegurada na fase de classificação do Campeonato Mineiro.

O Cruzeiro foi a 23 pontos, abriu seis de vantagem sobre o Galo, e só precisa de mais um empate nos dois jogos restantes da primeira fase, para garantir a liderança e a vantagem de atuar o segundo duelo em casa, tanto nas semifinais como em eventual decisão. Para roubar o lugar do rival, o Atlético teria que ganhar as duas partidas que lhe restam e ainda torcer por tropeços do time celeste. E mesmo assim, dependeria do número de gols marcados.

O clássico deste domingo foi marcado por clima quente dentro de campo, com disputas ríspidas. Mas, com relação ao futebol, os times ficaram devendo, já que houve poucas emoções no Horto. O Cruzeiro se beneficiou de um bom sistema de marcação e também da infelicidade do goleiro Uilson, terceiro da posição no grupo alvinegro, que soltou a bola nos pés de Rafael Silva, que não perdoou e balançou as redes. Por outro lado, Fábio, veterano em clássicos, fez a diferença com intervenções incríveis em lances de Robinho e Luan, garantindo os valiosos três pontos.

O Cruzeiro poderá sacramentar a primeira posição geral no próximo domingo, quando receberá o Guarani, às 16h, no Mineirão. Já o Atlético volta a campo antes, no sábado que vem, no mesmo horário, diante do Villa Nova, que terá o mando de campo a favor, também no Gigante da Pampulha. O Galo jogará com obrigação de vitória para evitar que o time celeste garante, com antecedência, a liderança. E, no dia seguinte, ‘secar’ o arquirrival.

Cruzeiro vence o Atlético no Independência (Foto: Washington Alves/Lightpress/Cruzeiro)

O jogo

Em um domingo de Páscoa ensolarado em BH, o Independência estava repleto de atleticanos, que impulsionaram o time alvinegro no começo. Com mais posse de bola, o Galo pressionou o Cruzeiro no campo defensivo, que por sua vez respondeu com boa marcação e organização tática. Os celestes tinham como arma o contra-ataque, mas não aproveitaram a ausência de um especialista na lateral esquerda do rival, que tinha Carlos César deslocado.

Robinho deu o primeiro susto no Cruzeiro, em jogada com a participação de Marcos Rocha e Lucas Pratto. Em seguida, Marcos Rocha cobrou falta e Fábio espalmou a escanteio. O time celeste deu o primeiro sinal de vida no ataque aos 17, e com muito perigo. Allano cruzou da esquerda e Elber cabeceou no travessão de Uilson. Tranquilo, mesmo com a responsabilidade de substituir Victor e Giovanni, o goleiro atleticano pouco teve trabalho até então.

Robinho, por sinal, estava sem posição definida, flutuando pelos lados e o meio. Estreante no clássico mineiro, ele voltou a marcar presença na área e obrigou Fábio a trabalhar, em chute rasteiro. A partir da parada técnica promovida pela arbitragem para reidratação dos jogadores, o Cruzeiro melhorou no setor ofensivo, passando a segurar mais a bola na frente. E chegou a assustar Uilson, que teve que se atirar nos pés de Allano para salvar, nos acréscimos.

Um primeiro tempo de poucas emoções no Independência. A expectativa era por uma etapa final melhor de ambos os lados. “Deixamos o adversário jogar, eles estão infiltrando por trás do nosso volante. Temos que retomar o jogo, pois precisamos da vitória”, alertou Luan. “O Deivid conversou com a gente, pediu para jogarmos mais próximos e tivemos oportunidades, mas a bola não entrou. Temos que ter mais tranquilidade para concluir”, receitou Elber.

Infelicidade de um, alegria de outro

A alta temperatura dentro de campo se refletiu nos jogadores. O segundo tempo começou quente, com princípio de tumulto depois de um pisão no tornozelo de Hyuri, em disputa de bola com Ariel Cabral. Em seguida, Allano, que já estava ‘amarelado’, fez falta dura em Júnior Urso e foi substituído por Matías Pisano, para evitar uma possível expulsão na sequência. Os ânimos se acalmaram aos poucos, mas as equipes, ao contrário, continuavam em ritmo lento. O problema era no poder de penetração na área e armação das jogadas de ambos os lados.

Com tanta dificuldade na criação, os volantes alvinegros exerciam papel nos lançamentos. Aos 23, Rafael Carioca descobriu bem Lucas Pratto, que cruzou e Robinho testou. Fábio fez excepcional defesa, de mão trocada, evitando o gol. Quando o momento era de pressão do Galo, o Cruzeiro abriu o placar. Aos 28, Elber arriscou de longe, Uilson deu rebote e Rafael Silva completou para as redes: 1 a 0. Silêncio no Independência, desolação do goleiro atleticano. Na comemoração, o atacante imitou uma ‘galinha’, provocando a torcida. E ele mesmo quase ampliou, aos 32, mas chutou à esquerda depois de falha de Rafael Carioca.

O gol esfriou os ânimos da torcida, enquanto o Atlético tentou se recuperar do golpe. Mas se expôs aos contragolpes do Cruzeiro, que estava muito bem armado na defesa e pronto para sair nas costas dos volantes rivais. E ainda assim foi salvo por Fábio, em intervenção corajosa nos pés de Luan. Nos acréscimos, o experiente goleiro evitou o gol de empate, em chute de Robinho, e se transformou em grande nome da equipe celeste no clássico. Fim de jogo, os gritos dos cerca de 400 torcedores celestes presentes quebraram o silêncio no Independência.

Cruzeiro vence o Atlético no Independência (Foto: Washington Alves/Lightpress/Cruzeiro)

Cruzeiro vence o Atlético no Independência (Foto: Flick Atlético Mineiro)

Cruzeiro vence o Atlético no Independência (Foto: Flick Atlético Mineiro)

(Fonte: Super Esportes)

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